Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferrari, Luísa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157100
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Resumo: |
Neste trabalho, investigamos, em perspectiva longitudinal, trajetórias de mudança similares no português e no inglês, atravessadas pelas construções com agora e pelas construções com now. Originalmente, agora e now atuam como advérbios temporais que estabelecem relações entre o tempo de eventos no mundo e o tempo da enunciação (SCHIFFRIN, 1987; ILARI, 2002). Ao longo da história do português e do inglês, tanto agora como now adquirem significados não temporais, que se distribuem em dois tipos. Em um deles, expressam significados contrastivos e atuam na junção de enunciados; em outro, indicam uma mudança para novos (sub)tópicos discursivos, funcionando como marcadores discursivos (TRAUGOTT; DASHER, 2004). Assumindo que a mudança linguística se processa via contextos específicos, que evocam inferências de novos significados (TRAUGOTT; DASHER, 2004), o objetivo maior do trabalho é elucidar os percursos históricos de mudança de agora e now à luz dos arranjos contextuais que favorecem a emergência dos novos padrões de uso. Para tanto, a pesquisa é conduzida sob viés diacrônico, a partir de textos de tipologia variada produzidos em diferentes períodos do português e do inglês. Entendendo os contextos como a principal via de desenvolvimento das mudanças, assumimos os pressupostos da Teoria da Inferência Convidada (TRAUGOTT; DASHER, 2004), que atribui à pragmática o papel de força motriz da mudança e busca explicar a tendência à subjetivização dos significados. Aliamos o modelo aos pressupostos teóricos da Gramaticalização (HOPPER; TRAUGOTT, 2003), relevantes para o trabalho na medida em que as mudanças aqui investigadas afetam tanto o domínio do significado quanto da morfossintaxe. |