Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Tábata Neves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180917
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Resumo: |
O trabalho procura compreender a dinâmica migratória da juventude camponesa de Cristinápolis, Sergipe, tentando identificar os principais fatores que fazem a juventude permanecer ou sair do campo. A partir da aplicação de um questionário em entrevistas com os jovens, o estudo identifica as principais demandas da juventude de Cristinápolis. Elas estão relacionadas ao acesso a terra, à renda e à qualidade de vida. O estudo interroga a situação dos jovens numa interpretação do contexto atual que destaca a existência de uma forte disputa entre duas concepções de campo: de um lado, o agronegócio; e do outro, a agricultura camponesa. São dois modelos de desenvolvimento territorial, antagônicos e complementares, que entram em disputa diariamente, devido aos seus objetivos contrários. Como o agronegócio é o capitalismo no campo, ele tem a função de produzir excedentes e lucros para seus donos a partir da exploração, o deixando predominante na economia, mas repleto de contradições e conflitos. Como a agricultura camponesa é um modo de vida no campo, ela tem a função de reproduzir, seja nos aspectos biológico e ecológico, seja no cultural, deixando-a em uma situação precária na sociedade capitalista. Investiga o estudo como os jovens são disputados diariamente pelo agronegócio, disputam mesmo sem ter espaço suficiente para os agregar, pois é um projeto excludente. A agricultura camponesa busca reter os jovens, já que esses são fundamentais no processo da sucessão das unidades camponesas. Assim, as organizações camponesas, como o MCP e MST, disputam na perspectiva de atrair, de incluir os jovens, como sujeitos deste projeto de campo, de agricultura e de sociedade. O Estado, como reflexo das relações de poder numa sociedade capitalista, serve prioritariamente como instrumento do modelo hegemônico; por isso, a dissertação examina a luta pelas políticas públicas como fator importante para a permanência da juventude no campo. |