Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lorenzo, Suelen Moraes de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136269
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Resumo: |
A inclusão de pessoas com deficiências no mercado formal de trabalho reflete uma tentativa de superação do histórico processo de exclusão vivenciado por estas pessoas, o qual as privou do acesso ao trabalho e educação. Para promover a inclusão foi criado um conjunto de medidas legislativas, com destaque para a Lei de Cotas. Contudo, ainda que a mesma represente um avanço, atualmente menos de 1% das pessoas com deficiências estão empregadas no mercado formal de trabalho. A presente pesquisa tem por objetivo descrever e analisar as características do processo de contratação de pessoas com deficiência no mercado formal de trabalho pelas empresas em um município do interior paulista. A metodologia empregada foi a realização de entrevista semiestruturada junto aos profissionais de recursos humanos de 12 empresas do setor alimentício. Os dados coletados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo e estatística descritiva. Os resultados encontrados revelam uma imagem negativa das pessoas com deficiência, com foco na deficiência e suas limitações em detrimento das habilidades e potencialidades. Não obstante, há um despreparo dos profissionais de recursos humanos para a contratação destes funcionários devido às dificuldades com o conceito de inclusão, sendo que a Lei de Cotas foi e continua a ser o principal motivo para a contratação das pessoas com deficiência. As condições de trabalho ofertadas não são favoráveis, as funções geralmente realizadas pelos funcionários com deficiência são operacionais e o processo de recrutamento e seleção é realizado pelas próprias empresas e sem auxílio de profissional habilitado. Entre as dificuldades para a contratação foram apontadas as características da deficiência e a presença do Benefício da Prestação Continuada (BPC). A maioria dos contratados cumpre jornada de trabalho de 44 horas semanais e não possui plano de carreira. Os treinamentos ofertados demonstraram ser de baixo custo e também sem ajuda de profissional habilitado. Não foram realizadas adaptações e o tempo de permanência na empresa é igual ou menor a cinco anos. Os desligamentos destes funcionários ocorrem por demanda espontânea e há uma menor rotatividade entre os funcionários com deficiência quando comparados com os demais funcionários. Portanto, a Lei de cotas tem ampliado de modo discreto o acesso das pessoas com deficiência às vagas do mercado formal de trabalho, mas ainda há pouco investimento em formação e qualificação profissional tanto para pessoas com deficiência quanto para profissionais envolvidos na contratação e inclusão destas pessoas. |