Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Nair Conde de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152538
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Resumo: |
O chorume produzido em aterros sanitários é o resultado da decomposição físico-química e microbiológica dos resíduos urbanos, podendo variar muito em sua composição. Para se desenvolver tratamento e descarte eficientes e seguros há a necessidade de caracterização, desenvolvimento de técnicas adequadas de tratamento e estudo sobre o impacto do descarte dos resíduos destes tratamentos no ambiente. Este trabalho testou tratamento microbiológico com microrganimos isolados do chorume e com microalgas; tratamento com adsorventes como carvão ativado, hidrotalcita e sementes de M. oleifera; aprofundou estudos sobre a introdução dos resíduos do tratamento com hidrotalcita no ambiente. Foram feitas análises físico-químicas, microbiológicas, respirométricas e de toxicidade com o chorume bruto, tratado e com o lodo do tratamento. A caracterização do chorume constatou pequeno número de bactérias heterotróficas e fungos indicando condições desfavoráveis para crescimento microbiológico. Coliformes totais e E. coli alcançaram valores médios de 17900 e 890 NMP/100mL, respectivamente. As análises físico-químicas do lixiviado indicaram valores elevados para condutividade, cor, turbidez, DQO, DBO5, amônia, boro, sódio e cloretos. Os tratamentos biológicos não se mostraram eficientes na remoção dos parâmetros exigidos pela legislação, devido às altas concentrações de sais, amônia e matéria orgânica recalcitrante. O tratamento com hidrotalcita produziu os melhores resultados, para remoção de condutividade (51%), turbidez (58%), DBO5 (95%), boro (40%) e amônia (35%), removeu também DQO (43%) e cor (70%) porém houve elevação do pH. A hidrotalcita reaproveitada apresentou menor eficiência que hidrotalcita, não removeu boro e os níveis de alumínio e magnésio aumentaram. Carvão ativado a 4% (CA4%) obteve melhores resultados para remoção de cor (98%) e DQO (48%), mas não removeu boro e amônia satisfatoriamente. O carvão ativado 1% mostrou resultados semelhantes ao CA4%, com níveis de remoção inferiores. Semente e extrato de M. oleífera, obtiveram resultados insatisfatórios. Todos os adsorventes diminuíram em cerca de 10 vezes a quantidade de bactérias heterotróficas, exceto o extrato de M. oleífera. Os tratamentos removeram coliformes totais e E. coli. Nenhum dos adsorventes removeu sódio, cloreto ou a toxicidade do chorume para D. similis. Nos ensaios sobre efeitos dos resíduos do tratamento de chorume, com hidrotalcita, no ambiente, os testes de toxicidade demonstraram que houve diminuição de 21,63% na toxicidade para Artemia sp e de 42% para testes de germinação de sementes de L. sativa. A disposição de chorume no solo provocou inibição na germinação e desenvolvimento de L. sativa em relação ao controle. Nos vasos com chorume bruto houve inibição de 12% e com lixiviado tratado 5%. Inicialmente o chorume a 50m3/ha potencializou o crescimento bacteriano e inibiu crescimento fúngico, após 84 dias de experimento houve uma estabilização da microbiota, exceto nos ensaios com 200m3/ha onde a inibição permaneceu para os fungos. A disposição de 200m3/ha de chorume no solo demonstrou que repetidos lançamentos podem tornar o solo inviável para o plantio. O solubilizado do solo dos vasos mostrou que o chorume bruto, acarretou toxicidade para D. similis. A disposição de 2,5% de lodo do tratamento no solo, aumentou em 42% a biomassa de L. sativa em relação ao controle, não apresentando impacto negativo sobre a microbiota do solo e nem toxicidade para D. similis. O ensaio de biodegradação com chorume a 5% mostrou que o inóculo introduzido ativou a biodegradação, aumentando a eficiência diária do processo em média 6% e 9% para os chorumes tratado e bruto, respectivamente. Apesar da biodegradação eficiente (50% em 24 horas), o potencial tóxico do lixiviado não foi eliminado como pode ser comprovado pelo experimento em vasos. O experimento de respirometria não se mostrou uma técnica eficiente para determinar a biodegradação do lodo, pois o sistema sofre influência das características químicas da hidrotalcita. |