Análise da toxicidade do lixiviado gerado em uma célula do aterro sanitário em Campina Grande-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GOMES, Naiara Ângelo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1272
Resumo: O aterro sanitário é a técnica de disposição final de resíduos sólidos urbanos mais utilizada no mundo. No entanto, devido à complexidade do processo de degradação biológica que ocorre no interior das células de resíduos, são gerados os líquidos lixiviados, que em função de serem efluentes tóxicos, heterogêneos e com uma composição bastante variada e complexa, podem causar toxicidade à saúde pública e ao meio ambiente. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o potencial tóxico do lixiviado gerado em uma célula do Aterro Sanitário localizado em Campina Grande, Paraíba. O experimento consistiu em coletar quinzenalmente, durante os meses de junho a novembro do ano de 2016, amostras de lixiviado in natura em um poço de visita que recebia todo o líquido efluente gerado pela célula estudada. Após as coletas, o lixiviado foi caracterizado por meio de ensaios físico-químicos (pH, alcalinidade total, ácidos graxos voláteis, cloretos, demanda química de oxigênio, nitrogênio amoniacal total e metais pesados) e toxicológico (fitotoxicidade). Além disso, fez-se ainda, uma análise estatística dos dados obtidos durante o período de monitoramento. Os resultados demonstraram que em condições ácidas de pH, o lixiviado apresentou elevadas concentrações de ácidos graxos voláteis, demanda química de oxigênio e metais, em especial, ferro, manganês e cromo, os quais foram os principais elementos a ocasionarem fitotoxicidade às sementes de tomate (Solanum lycopersicum) e de repolho (Brassica oleraceae). Contudo, quando o pH do lixiviado tendeu para valores entre a neutralidade e a basicidade, as concentrações dos metais analisados tiveram um decaimento, reduzindo, dessa forma, o potencial de toxicidade do lixiviado em relação aos metais. Porém, durante esse período, foram determinados os maiores teores de nitrogênio amoniacal total, mas, devido ter prevalecido no lixiviado o nitrogênio na forma de íon amônio, esse componente, provavelmente, não conferiu toxicidade as referidas sementes. Conclui-se que, o lixiviado apresentou um maior potencial fitotóxico na fase de degradação ácida, e, com a evolução do processo de biodegradação dos resíduos depositados na célula analisada, os ensaios de fitotoxicidade evidenciaram um lixiviado com uma menor carga tóxica.