A metamorfose seniana: poesia e crítica na obra de Jorge de Sena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silvério, Joana Prada [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99176
Resumo: Poeta português do segundo quartel do século XX, Jorge de Sena produziu uma obra única, conjugando proposições de ordem estética e ética com uma dialética consciência crítica acerca dos fenômenos literários. Ao entender a poesia como testemunho de linguagem, o poeta fundou as bases de sua poética, em que entram também a metamorfose e a peregrinação. Enquanto o testemunho cuida de denunciar as práticas sociais viciadas, ao mesmo tempo em que dialoga com a herança cultural da humanidade, a metamorfose trata de transformar as posições enrijecidas pelo exercício da meditação aplicada a objetos artísticos, dando azo ao lirismo especulativo. Para tanto, a metamorfose apoia-se na dialética entre a permanência e a mudança. A peregrinação garante, assim, a possibilidade de novas metamorfoses e de uma poesia que sempre se refaz. Por esses vetores, Sena fabricou a cosmovisão do tempo que lhe foi contemporâneo. Este trabalho tem por objetivo promover a intersecção entre a poética e a crítica seniana, partindo de dois pressupostos: 1) a poesia é núcleo irradiador das demais esferas de produção, ou ainda, o poema é uma forma de conhecer a realidade material e 2) o diálogo entre poesia e crítica assenta-se sobre o fato de que ambas são formas de criação. Para tanto, optou-se por trabalhar com o vetor da metamorfose e levantou-se a hipótese de associá-lo à experiência da Modernidade, já que ambos configuram-se como percepção temporal específica, que tem na transformação seu ponto principal. Dessa forma, a dissertação foi divida em três capítulos. No primeiro deles, intitulado “Leituras da obra seniana”, realizou-se a discussão acerca de pontos capitais da poética de Jorge de Sena. No segundo capítulo ― “A poesia seniana” ― traça-se o contexto histórico em que o poeta se forma. A isso, agrega-se...