Coordenação pedagógica durante a HTPC: as interpretações do coordenador, da professora-pesquisadora e das prescrições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Amorim, Neuraci Rocha Vidal [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150254
Resumo: O objetivo desta pesquisa é levantar e discutir interpretações sobre o trabalho do coordenador pedagógico referente à HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) por meio de uma análise linguístico-enunciativa. Mais especificamente, visa a comparar interpretações dessa atividade advindas de diferentes fontes: diários de campo da professora-pesquisadora, comentário escrito que compõe o método de instrução ao sósia; e da lei municipal que regulamenta este cargo a fim de compreender o papel do coordenador no contexto de HTPC. Dentre outras finalidades, a HTPC visa à reflexão sobre a prática docente, à troca de experiências, ao aperfeiçoamento individual e coletivo dos professores e ao acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem (LEI DO MUNICÍPIO, 2012). O estudo se desenvolveu em uma escola municipal de Ensino Fundamental I do noroeste paulista. A pesquisa se apoia nos aportes teórico-metodológicos (i) do interacionismo sociodiscursivo (BRONCKART 1999, 2006, 2008), (BRONCKART; MACHADO,2004), (MACHADO; BRONCKART, 2009), pois este postula a primazia das práticas linguageiras como instrumentos do desenvolvimento humano, tanto no concernente aos saberes quanto às capacidades do agir e da identidade das pessoas (BRONCKART, 2006), (ii) da ergonomia da atividade francesa (SAUJAT, 2004; AMIGUES, 2004 e FAÏTA 2004) por considerar a complexidade inerente ao trabalho e (iii) da clínica da atividade (CLOT 2006ª, 2006b, 2010), pois considera as implicações das atividades de trabalho para o desenvolvimento das funções psíquicas humanas e nos oferece métodos provocadores desse desenvolvimento. Esse estudo se apoia ainda na teoria polifônica da enunciação de Ducrot (1984) para aproximação dos diferentes posicionamentos enunciativos. Os resultados das análises apontam para a ausência de uma concepção das coordenadoras, em relação à HTPC que se relaciona, como indicam as vozes mobilizadas nos diários de campo, à falta de clareza ou imposição das prescrições que, segundo a análise feita, não atribui ao coordenador o papel de protagonista no agir prescrito, corroborando para o fato de termos identificado, por meio da análise da interpretação da coordenadora sobre seu agir, um trabalhador sozinho mediante aos dilemas de um contexto que lhe apresenta diversas tarefas.