Hora de trabalho pedagógicos (HTP) : espaço/tempo de formar e ser formado?

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Mendes, Lenarde Nascimento dos Santos
• Orientador(a): Franco, Maria Amélia do Rosário Santoro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Católica de Santos
• Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Educação
• Departamento: Educação e Formação
• País: BR
• Palavras-chave em Português: hora do trabalho pedagógico (HTP); formação de professores; coordenador pedagógico.
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: https://tede.unisantos.br/handle/tede/202

Esta investigação teve como objeto de estudo a formação em serviço de professores, com destaque para a Hora de Trabalho Pedagógico (HTP). Partiu da seguinte questão-problema: quais as possibilidades formativas das HTPs para a formação docente em serviço? Nessa perspectiva, o foco foi o papel dos coordenadores pedagógicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como cenário a cidade de Santos. Os sujeitos da pesquisa foram vinte e cinco coordenadores pedagógicos oriundos de escolas municipais santistas de Ensino Fundamental I. Os pressupostos epistemológicos da pesquisa qualitativa contemplaram as especificidades do objeto em questão: a relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, captando tanto os aspectos objetivos quanto os subjetivos. Para coleta dos dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário, entrevista, dinâmica de grupo, grupo focal e análise de documentos, visando elucidar o objeto em foco. O estudo apoiou-se em autores que discutem a questão da cultura da prática reflexiva na escola como elemento norteador do pensar e do fazer docente coletivo. Para fundamentar o sentido de coordenação pedagógica, o estudo embasou-se em Fusari e Candau; para compreender as práticas pedagógicas fundamentou-se em Franco e Ghedin; para a compreensão do sentido de prática docente buscou suporte teórico em Freire e Nóvoa; por fim, os sentidos de formação foram embasados em Garcia. A análise do material verbalizado ou escrito foi submetida à técnica da análise de conteúdo, que possibilitou perceber os sujeitos em seus contextos sociais de trabalho, donde emergiram as seguintes categorias: HTP como espaço de formação; HTP como espaço de troca de conhecimento e HTP como espaço de escuta. Os conhecimentos construídos nesta investigação permitem afirmar que a formação em serviço é um espaço/tempo necessário à reflexão do professor, podendo configurar-se em lócus que acolhe as experiências de seus sujeitos e promove o processo de pensar/discutir a prática. A análise dos resultados indicou também que a HTP é um espaço/tempo desejado pelos coordenadores, porém requer uma reestruturação do tempo destinado à formação dos professores, das reais funções desse coordenador, bem como do próprio papel da Secretaria de Educação frente aos objetivos da formação em serviço.