Engenharia de superfícies para diagnóstico de dengue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cecchetto, Juliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191090
Resumo: Nesta tese foi desenvolvido um biossensor capacitivo redox para detecção e quantificação de diferentes concentrações do antígeno NS1 do vírus da dengue. Primeiramente, o sensor foi construído com eletrodos convencionais, em PBS e soro comercial com posterior validação do sistema, no qual, respondeu de maneira satisfatória. A próxima etapa foi a construção do biossensor realizado em eletrodos microfabricados, para possibilitar análises portáteis, porém este sistema não teve êxito, pela instabilidade da superfície dos mesmos. Em seguida, o sensoriamento foi realizado com amostras de soro de pacientes infectados com o vírus da dengue. A abordagem foi baseada na construção da superfície receptora (contendo anticorpo anti-NS1), utilizando SAMs mistas de tióis, (16-mercaptohexadecanóico, 16-MHDA) e (11-ferrocenil-undecanotiol, 11Fc) com o grupo redox, para medições capacitivas, que possibilitam a automontagem no eletrodo, sendo que cada etapa do processo de construção do biossensor foi monitorada por voltametria cíclica e espectroscopia de impedância/capacitância eletroquímica, com intuito de comparação com o sistema impedimétrico já analisado anteriormente. Pela técnica de espectroscopia de capacitância eletroquímica, a interface funcionalizada e sua interação com o analito, proteína NS1, geram uma variação do sinal de capacitância redox ( ), servindo dessa forma como sinal transdutor. Uma vez que em sua configuração os sensores capacitivos redox não usam espécie eletroativa em solução (pois ela está confinada na monocamada), estes são potencialmente adequados ao desenvolvimento de diagnósticos do tipo point-of-care (exame rápido com apenas um passo para detecção). Fatores como sensibilidade, reprodutibilidade, repetibilidade, limite de detecção e de quantificação foram avaliados e para amostras de soro comercial sem diluição, apresentaram LoD ~ 5 ng mL-1. Após, a metodologia foi modificada utilizando monocamada peptídica redox, mais adequada para análises em matriz biológica complexas, no qual foi testada em biblioteca de amostras de sangue de pacientes infectados ou não com o vírus da dengue, o que permitiu avaliar a aplicação clínica da metodologia proposta, evidenciando respostas relativas RR% para amostras negativas inferiores ao cut-off, enquanto que para amostras positivas variaram de ~ 6 a 9%. Esta tese teve seu propósito alcançado, com isso, a avaliação de um maior número de amostras de pacientes, por parcerias em laboratórios e hospitais será fundamental para conseguir-se vislumbrar uma nova ferramenta diagnóstica para biomarcadores de interesse clínico em um futuro próximo.