Desenvolvimento de imunossensor impedimétrico eletroquímico para diagnóstico da tuberculose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Luisa Vogado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76133/tde-02052024-105557/
Resumo: A tuberculose (TB) é uma infecção micobacteriana comumente causada pelo agente etiológico Mycobacterium tuberculosis (MTB). Relatada há mais de um século, a TB foi a principal causa de morte por um único agente infeccioso até a pandemia de coronavírus (COVID-19), ficando acima do HIV/AIDS. Os métodos tradicionais de diagnóstico de TB, como a baciloscopia de escarro, cultura líquida e, recentemente, testes moleculares, apresentam diversas limitações, como baixa sensibilidade e longos períodos de tempo para obtenção dos resultados, levando frequentemente a diagnósticos incorretos e tratamentos desnecessários. Os sensores eletroquímicos têm atraído a atenção devido à sua simplicidade, instrumentação de baixo custo, limites de detecção muito baixos e resposta rápida. Neste estudo apresenta-se um imunossensor impedimétrico eletroquímico para a detecção da proteína recombinante CFP10:ESAT6 (pCFP10:ESAT6) para diagnóstico de MTB. O imunossensor foi desenvolvido em eletrodos de óxido de índio e estanho (ITO) modificados por monocamada de (3-aminopropil) trimetoxisilano (APTES) para imobilizar covalentemente anticorpos monoclonais anti-CFP10. A interação da proteína com a plataforma de reconhecimento de anticorpos foi diretamente monitorada e medida por voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). Os imunossensores foram caracterizados com microscopia de força atômica (AFM) e microespectroscopia Raman. Após a otimização dos parâmetros analíticos, alcançouse uma resposta linear nas concentrações entre 0,50 ng mL-1 a 50,0 ng mL-1 de pCFP10:ESAT6, um limite de detecção de 1,25 ng mL-1 e um limite de quantificação de 4,18 ng mL-1, em um tempo de ensaio de 4 horas no total. Os resultados indicam que o imunossensor desenvolvido é adequado, preciso e seletivo para a detecção da pCFP10:ESAT6, apresentando recursos excelentes para futuras aplicações de diagnóstico point-of-care da tuberculose.