O "déficit de crítica da ideologia": um estudo sobre a análise da subjetivação da dominação na Teoria Crítica contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Panigassi, Pedro Luís
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/254445
Resumo: A presente Dissertação de Mestrado objetivou efetuar uma análise crítica, em perspectiva comparativa, entre os modelos de crítica imanente propostos por dois autores filiados ao campo denominado Teoria Crítica, a saber: Axel Honneth e Rahel Jaeggi. O intuito foi averiguar se a proposta de uma crítica imanente reconstrutiva de Honneth possuiria um suposto “déficit de crítica da ideologia” em relação à análise dos fenômenos atrelados a subjetivação da dominação. Assim, parte-se comparação a crítica imanente-transformativa de Jaeggi que calcada justamente nesse conceito de crítica da ideologia para sua formulação de sua concepção. Para cumprir tal propósito, o trabalho dividiu-se em três capítulos. No primeiro, visamos apresentar alguns aspectos metodológicos da teoria crítica da sociedade desenvolvida por Axel Honneth, passando sobretudo pelos desdobramentos dos conceitos de “reconstrução normativa” e de “patologias sociais” em seus textos anteriores à obra O direito da liberdade. Em seguida, no segundo capítulo, exploramos a possibilidade aventada sobre o possível “déficit de crítica da ideologia” na teoria do autor em seu modelo crítico apresentado em O direito da liberdade. Para isso, reconstituímos alguns dos pressupostos metodológicos do livro em perspectiva comparada com os critérios para fundamentação da crítica imanente postos por Jaeggi. Pretendeu-se, assim, explorar a tese de que tal déficit encontra-se no modo como os conceitos de patologia social e de desenvolvimentos errados compreendem os fenômenos sociais atrelados a uma subjetivação da dominação, tratando deles apenas enquanto falsas interpretações da realidade, sem tomar esta mesma enquanto falsa. Este problema levaria Honneth a produzir uma crítica que leva a uma reprodução do status quo. Por fim, no terceiro capítulo, discutimos o modelo crítico das formas de vida proposto por Jaeggi. Objetivou-se compreender se a proposta da autora consegue, de fato, responder aos problemas relativos à subjetivação da dominação que colocamos referentes a este suposto déficit identificado na proposta de Honneth.