Os modelos de democracia de Axel Honneth e Rainer Forst: teoria crítica e filosofia política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morais, Jonathas Vinicius Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-23102020-002249/
Resumo: Esta pesquisa tem como propósito fundamental discutir o tema da democracia a partir da perspectiva da Teoria Crítica, ou da \"Escola de Frankfurt\", como ficou conhecida, com enfoque nos modelos de Axel Honneth e Rainer Forst. Nesse intuito, primeiramente, buscar-se-á recuperar o histórico de evolução dessa tradição de pensamento, assim como dois de seus mais importantes modelos de teoria social ainda relacionados à primeira geração de pensadores frankfurtianos: do \"materialismo interdisciplinar\" e da \"crítica da razão instrumental\". Nesse percurso, será também realizada uma aproximação da mudança paradigmática percebida nos pressupostos filosóficos dos trabalhos dessa tradição a partir da segunda geração de pesquisadores, que migraram do \"paradigma da produção\" para o \"paradigma da comunicação\", sobretudo por influência da obra de Jürgen Habermas, à qual se dedicará a análise. Quanto a este autor, o propósito será entender como ele chegou à sua conhecida \"teoria da ação comunicativa\", acompanhando-se, por exemplo, parte do debate teórico que travou com Herbert Marcuse. Passando-se aos modelos de democracia, o primeiro passo será retomar em linhas gerais o modelo que se tornou uma referência para os seguintes, especificamente a \"teoria discursiva da democracia deliberativa\", também de autoria de Jürgen Habermas. Em seguida se cuidará propriamente do trabalho teórico de Axel Honneth e Rainer Forst. Relativamente a Honneth, o primeiro passo será traçar um panorama de sua \"teoria do reconhecimento\", com ênfase no modo como ele encadeia as ideias de \"esferas de reconhecimento\" de \"luta social\", para somente então introduzir seu modelo da \"democracia como cooperação reflexiva\". Quanto ao trabalho de Forst, o objetivo será primeiro abordar sua concepção original de \"contextos de reconhecimento e justificação\", que estabelece os alicerces para o seu modelo de \"democracia como prática de justificação\", a ser desenvolvido na continuação. Finalmente, a partir dessas perspectivas teóricas, lançar-se-á um olhar sobre a situação da democracia no Brasil, com um ensaio-diagnóstico sobre seu nível de profundidade, bem como sobre os desafios que lhe são colocados nesses tempos de uma nova obscuridade.