Determinantes do absenteísmo-doença em trabalhadores na citricultura: um estudo de coorte não concorrente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Takaoka, Ricardo Akio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148741
Resumo: O crescimento da produção brasileira de citrus e as demandas internacionais pelos produtos, como o suco integral, suco de laranja concentrado – congelado, farelo de polpa, polpa congelada, álcool, óleos e essências, que representam 100% do aproveitamento da fruta, tem tornando o Brasil um dos maiores países exportadores. Este segmento absorve grande quantidade de trabalhadores temporários por hectare no Estado de São Paulo. Neste contexto, tradicionalmente, se comparado aos demais, os trabalhadores rurais apresentam baixa qualificação profissional, menores salários, precárias condições de trabalho e dificuldade de acesso a bens e serviços de saúde. São condições que dificultam que os trabalhadores rurais adotem estilos de vida saudáveis pela limitação de informações. Desta forma, o adoecimento dos trabalhadores dá origem ao absenteísmo e causa perceptível prejuízo. O levantamento das características relacionadas ao absenteísmo-doença poderá revelar os pontos críticos existentes entre o trabalho executado e a ocorrência de agravos à saúde. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados ao absenteísmo-doença e investigar os condicionantes em uma empresa citrícola do interior do Estado de São Paulo e a partir dos resultados elaborar um plano de ação voltado à saúde dos trabalhadores. Trata-se de estudo coorte única não concorrente com seguimento de 1 (um) ano, desenvolvido em uma empresa citrícola do interior do Estado de São Paulo. A população-alvo são os funcionários celetistas que estavam trabalhando no período de julho de 2014 a junho de 2015. Os resultados destacaram um cenário preocupante pela alta frequência na entrega de atestados, principalmente, afastamentos superiores a 15 dias. Assim como, faixa de risco na ocorrência de atestado entre um e três anos de vínculo e oriundos do setor da colheita. Destacaram-se como principais agravos à saúde, as doenças osteomusculares nas funções de colhedor de laranja, operador de máquina e trabalhador agrícola polivalente que requerem adequações no ritmo, condições de trabalho e informações sobre saúde para a construção do autocuidado. A presença do risco químico no surgimento de doenças respiratórias reforça a necessidade de revisão das práticas de segurança na manipulação dos produtos químicos, buscando a devida proteção e menor tempo de exposição do trabalhador. Foi elaborado um plano de ação voltado à melhoria das orientações a fim de abordar as doenças mais frequentes. Estes achados proporcionaram a elaboração do plano de ação com ênfase às medidas organizacionais, visando à melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida dos trabalhadores.