Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Galhardo, Vitória Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202127
|
Resumo: |
Essa pesquisa se propõe explorar e refletir sobre a figura do corpo nas visualidades do cinema contemporâneo, assim como investigar como a estética do cinema sensual proporciona novas configurações do corpo na cultura visual. A exploração expõe nuances teóricas dos estudos epistemológicos do corpo no âmbito do cinema e manifesta as correntes estéticas que promovem uma dimensão do córpus como potencialidade sensível na experiência fílmica. Primeiramente, discutimos as principais noções dos estudos do cinema sensual e das correntes similares que expressam o corpo como conteúdo principal do filme. Dessa forma, apresentamos as principais noções do corpo como potência da sensação através da estética cinematográfica e de sua apresentação em situações transgressoras. Através das principais características da imagem corpórea, pensamos a linguagem cinematográfica em intersecção com os estudos filosóficos da transgressão e da expressão autônoma, e, de acordo com a exposição inicial, propomos a exploração de elementos estéticos que são responsáveis por configurar o corpo em sua expressão íntima e transgressiva. A partir da exploração teórica dos conceitos de close-up do corpo, da voz do personagem e a encenação transgressora apresentamos nossa investigação por meio de dois longas-metragens. Elencamos os filmes Não me Toque (2018), de Adina Pintilie, e Um vazio em meu coração (2004), de Lukas Moodysson, para discutir as questões estéticas e discursivas do corpo através de três sequências destacadas como meio de expor as configurações corpóreas. Esses filmes empregam as imagens do corpo como elemento principal do contexto narrativo e expõe realidades subjetivas, íntimas e explícitas da vida humana. Durante a análise investigamos como os elementos visuais e sonoro criam uma intersecção com as imagens do corpo proporcionando uma força material, onde o corpo passa ser o principal elemento dos filmes. Para isso, elencamos um método alternativo entre as teorias de Martine Beugnet (2007) e Laura Marks (2000), fruindo alguns dos elementos abordados em seus estudos para expor os filmes do nosso córpus que constituem uma estética heterogênea e mescla elementos de gênero entre o cinema dramático, documental e experimental. Através dos elementos estéticos temos a possibilidade de expor os aspectos figurativos e discursivos do corpo dentro da lógica de nossa exploração. Em entendimento com os elementos estéticos e a abordagem discursiva do corpo podemos comprovar e refletir a respeito da possibilidade de um cinema afetivo e autônomo que usa do corpo como um elemento primordial para proporcionar as mais variadas sensações no espectador. Assim como apresentar corpos íntimos e transgressores em uma configuração plural e expressar o cinema contemporâneo como um espaço de novas experimentações onde as tensões éticas, íntimas e políticas, transpassam às imagens corpóreas. |