Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Correia, Maria Lygia Alexandre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/250842
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Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo analisar como as produções científicas da área de Ensino de Ciências abordam a atual onda de conservadorismo e ataques à Educação Sexual na escola. Os eventos escolhidos foram as edições de 2021 do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e Encontro Nacional de Ensino de Biologia (ENEBIO), convenções já consolidados na área. A coleta de dados baseou-se em uma Revisão Sistemática de Literatura. A análise de dados foi realizada através da Análise Textual Discursiva e foram encontrados 41 e 56 trabalhos que se relacionam à temáticas da sexualidade e Educação Sexual no ENPEC, e no ENEBIO, respectivamente. Em seguida, foram identificadas as produções que fazem referência ao atual contexto de ataques e a organização dos dados foi feita levando em conta três categorias: 1) reconhecimento do contexto de ataques, 2) problematização em relação ao contexto de ataque e 3) confronto e resistência em relação ao contexto de ataque. Em sua maioria, os dados encontrados mencionavam ataques materializados no currículo, bem como os discursos sobre a imoralidade da Educação Sexual, além disso, destacavam a censura aos materiais didáticos/paradidáticos e a perseguição aos educadores que se propunham a abordar temas de Sexualidade. Entendemos que houve baixa menção a esse contexto nos trabalhos analisados, e, principalmente, falta de posicionamento no que se refere ao Ensino de Ciências e Biologia. Neste sentido, propomos que esta lacuna seja preenchida a partir desta publicação em eventos da área e em outros espaços de reflexão. Outras contribuições dos trabalhos: superação da perspectiva biologizante da sexualidade; produção de argumentos que legitimam a Educação Sexual em sala de aula de maneira sistematizada e intencional; apresentação de intervenções realizadas com o Ensino Básico; e, por fim, a quantidade expressiva de trabalhos que proferem apelos à instrumentalização de profissionais na área da educação para a abordagem da sexualidade em ambiente escolar, demonstrando a necessidade de investimento na formação docente inicial e formação continuada. |