Internações hospitalares por reações adversas a medicamentos (RAM) em um hospital de ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Varallo, Fabiana Rossi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96254
Resumo: Reações Adversas a Medicamentos (RAM) são um importante problema de saúde pública, pois reduzem a qualidade de vida do paciente e geram gastos desnecessários aos hospitais. Por isso, o presente estudo estimou a prevalência de internações hospitalares por possível RAM, identificou o perfil demográfico dos pacientes acometidos, bem como os fármacos e as possíveis RAM mais frequentemente relacionadas com as internações hospitalares. Para tanto, realizou-se um estudo observacional e transversal na clínica médica de um hospital de ensino, entre os meses de agosto a dezembro de 2008. Os pacientes foram entrevistados sobre os sintomas/queixas/motivos de internação que os levaram ao hospital e quais medicamentos utilizaram nos 15 dias prévios à internação. Durante o período do estudo, observou-se que a internação hospitalar estava relacionada com possível RAM em 115 pacientes (46,4%), sendo a maioria mulheres e não-idosos. Os fármacos mais frequentemente relacionados com a internação foram os que atuam nos sistemas: cardiovascular (48,7%), digestório (22,9%) e nervoso central (14,1%). Quanto ao tipo de receituário dos medicamentos responsáveis por RAM, 90,9% eram sob prescrição, sendo que 9,4% eram sujeitos a controle especial e 9,1% eram isentos de prescrição. Dos medicamentos responsáveis pelas internações, 58% pertenciam à lista RENAME. Em relação aos idosos, 43,9% utilizaram medicamentos impróprios, os quais foram possivelmente responsáveis pela internação de 29,2% pacientes. As manifestações clínicas das RAM mais comuns foram: do aparelho digestório (23,0%), dos aparelhos respiratório (20,2%) e circulatório (14,6%), além de sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e laboratoriais (20,2%). Apenas a polimedicação foi detectada como fator de risco para internações por possível RAM. Estudos farmacoepidemiológicos como este...