Investigação da polpa de maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) e seus híbridos sobre o potencial antioxidante e implicação no nível de colesterol plasmático de coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Baeta, Danielli dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154802
Resumo: O uso de vegetais, especialmente as frutas, no tratamento de doenças é uma tradição popular altamente difundida. Vários trabalhos reportaram as propriedades farmacológicas e terapêuticas do maracujá como: sua ação calmante; a presença de biomoléculas importantes em sua constituição; e, também, o potencial de redução de hiperlipidemias, usando a casca do maracujá-amarelo. A proposta deste trabalho foi verificar em polpas de maracujá comercial (MC), e seus híbridos, BRS Rubi do Cerrado (MRC) e BRS Sol do Cerrado (MSC), o seu potencial antioxidante e a sua implicação no nível de colesterol plasmático, bem como, avaliações das suas propriedades bioquímicas e físico-químicas. Os resultados mostraram valores próximos de pH (pH ≈ 3,0) e, também, de valores energéticos (173,29 a 177,78 kcal.100gpolpa-1), considerando proteínas e lipídeos, para os três tipos de maracujá estudados. O MC apresentou maiores valores de proteínas (1,8 g.100gpolpa-1) e de açúcares totais (3,97 g.100gpolpa-1). O MRC apresentou maiores valores de compostos fenólicos totais nos extratos aquosos e etanólicos (44,62 e 52,49 EAGmg.100gpolpa-1, respectivamente); de flavonoides totais no extrato etanólico (8,46 EQmg.100gpolpa-1); e de vitamina C (20,44 EAAmg.100gpolpa-1). Os dados das análises fisiológicas mostraram: i) redução de ingestão de ração em todos os grupos, exceto os que receberam ração normal, e a maior redução foi no grupo tratado com MSC; ii) aumento da massa corporal dos animais, independente dos tratamentos efetuados; iii) redução dos teores de colesterol plasmático total no tratamento com MC e com medicamento entre as fases 2 e 3 da experimentação; iv) valores similares de colesterol total e de LDL+VLDL nos grupos tratados com MC e Sinvastatina; v) aumento dos valores de HDL em todos os grupos do segundo período de experimentação; vi) análise histológica, do primeiro período da experimentação, indicam hipertrofias no tecido adiposo abdominal nos grupos com dieta suplementada; início de acúmulo de gordura na camada íntima da aorta no grupo com dieta suplementa; e hepatócitos vacuolizados indicando acúmulo de glicogênio e raros focos de esteatose no fígado, exceto no grupo com ingestão de ração normal e sem tratamento e no grupo que ingeriu ração suplementada e tratamento com Sinvastatina. O híbrido BRS Rubi do Cerrado apresentou o maior potencial de captura ou sequestro das espécies reativas estudadas. Os efeitos na espécie HOCl mostraram baixíssimo potencial em relação às demais espécies reativas. Em suma, o presente trabalho mostra a importância do maracujá como alimento funcional, como auxiliar na redução do teor de colesterol no plasma sanguíneo de coelhos com hipercolesterolemia, e com potencial antioxidante. E, também, indica a necessidade de estudos de compostos bioativos isolados presentes no maracujá que correlacionem a esse tipo de hiperlipedemia, bem como estudos com seres humanos que tenham esse tipo de patologia.