Nutrição mineral do maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.)

• Ano de defesa: 1977
• Autor(a) principal: Aguirre, Ana Cândida Pacheco de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: MARACUJÁ AMARELO; NUTRIÇÃO VEGETAL; NUTRIENTES MINERAIS DO SOLO
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20240301-154224/

O presente trabalho teve como objetivo o estudo preliminar de alguns aspectos da nutrição mineral do maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.), quanto à sintomatologia de deficiências de macro e micronutrientes sob o efeito da ausência e presença desses elementos no crescimento e com posição química da planta, procurando com os sintomas observados, construir-se uma chave para identifica-los e, com os dados analíticos, obter informações sobre níveis indicadores do estado nutricional. Para o estudo dos sintomas de deficiências dos nutrientes, as mudas de maracujá com um mês de idade, foram transplantadas para vasos de 2,5 litros com solução nutritiva de HOAGLAND e ARNON (1950) nº 1, modificada quanto ao fornecimento de ferro (JACOBSON, 1951), com a metade da concentração completa e após 90 dias para vasos de 20 litros com soluções nutritivas completa e deficientes, constantemente arejadas e sob condições controladas. Os tratamentos foram: completo, sem nitrogênio, sem fósforo, sem potássio, sem cálcio, sem enxofre, sem magnésio, sem boro, sem cobre, sem ferro, sem manganês, sem molibdênio e sem zinco. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições. Quando os sintomas de deficiências se tornaram evidentes, as plantas foram fotografadas e efetuou-se a colheita das mesmas, realizando-se a descrição morfológica das deficiências. Separou-se as plantas em diversas partes, as quais após secas e moídas, foram analisadas para macro e micronutrientes. Quanto aos sintomas de deficiências obtidos pela omissão dos nutrientes, constatou-se que os mesmos se mostraram em parte concordantes com os sintomas gerais em plantas carentes desses elementos. Os sintomas de deficiência severa mostraram uma clorose característica das folhas, deformações das mesmas e morte de gemas como nas deficiências de ferro, cálcio e boro. As deficiências em nitrogênio, enxofre, cálcio e cobre afetaram grandemente o desenvolvimento das plantas, as deficiências nos outros elementos afetaram com menor intensidade. Verificou-se que o maracujá amarelo mostra-se mais exigente em nitrogênio e potássio. relativamente exigente em cálcio e menos exigente em fósforo, magnésio e enxofre. Quanto aos micronutrientes o ferro é o mais exigido, seguido do boro, manganês, zinco, cobre e molibdênio. Efetuada a análise do material, encontrou-se os seguintes teores dos nutrientes nas folhas do tratamento completo: N - 3,81%; P - 0,12%; K - 5,5 9%; Ca - 2,24%; Mg - 0,55%; S - 1,20% ; B - 148.2 ppm; Cu - 15,5 ppm; Fe - 785,9 ppm; Mn - 45,1 ppm; Mo - 1.10 ppm e Zn - 60,0 ppm. Determinou-se para cada elemento, a parte da planta que melhor refletisse seu estado nutricional, encontrando-se para nitrogênio - folhas da haste madura; fósforo - folhas da haste madura; potássio - folhas do caule e gavinhas; cálcio - folhas da haste nova; magnésio - folhas da haste madura; enxofre - folhas da haste madura; boro - folhas da haste nova; cobre - folhas da haste madura e gavinhas; ferro - gavinhas; manganês - folhas da haste madura, molibdénio - folhas da haste nova zinco - gavinhas.