Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bianzeno, Guilherme |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181282
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Resumo: |
Resumo Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) apresenta impacto global e sintomas como dispneia, tosse e expectoração levam ao comprometimento da qualidade de vida (QV) e das atividades de vida diária. Objetivos: Avaliar a prevalência, variabilidade e repercussões dos sintomas em tabagistas, ex- tabagistas e pacientes com DPOC. Métodos: Foram avaliados 108 indivíduos de ambos os sexos com idade ≥ 40 anos (tabagista e ex-tabagistas: 32; DPOC leve/moderado: 36; DPOC grave/muito grave: 40) provenientes dos ambulatórios de Pneumologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Todos foram submetidos à avaliação clínica, responderam a questionário elaborado para o estudo para avaliação dos sintomas, a variabilidade dos mesmos durante o dia e semana durante períodos de estabilidade da doença. Foi realizada a avaliação do estado tabágico confirmada pela medida do monóxido de carbono no ar expirado, espirometria antes e após broncodilatador, avalição da composição do corpo por meio da impedância bioelétrica e da sensação de dispneia por meio do instrumento do Medical Research Council modificado (mMRC). O teste de avaliação da DPOC (CAT) foi aplicado e foi avaliada a distância caminhada em 6 minutos (DP6), a força muscular periférica por meio do dimamômetro manual e do dinamômetro portátil Microfet 2, a qualidade de vida por meio do Questionário de Qualidade de Vida do Hospital Saint George (SGRQ) e os sintomas de ansiedade e depressão por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) Análise Estatística: Foi utilizada análise descritiva, as variáveis expressas em média ± DP ou mediana (quartil 25% a 75%) as variáveis categóricas em porcentagem. A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste t de student (paramétrica) ou Mann-Whitney (não paramétrica). A análise de variância foi realizada por (ANOVA) seguida do teste de Tukey ou Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn’s. O teste Chi-quadrado foi utilizado na comparação de variáveis categóricas, seguido da comparação de pares por ajuste de p. A análise de regressão linear múltipla foi utilizada para avaliar associação entre os sintomas e os desfechos. Resultados: Os pacientes com DPOC (leve/muito grave) eram mais velhos e apresentavam menor massa magra do corpo quando comparados aos tabagistas/extabagistas. O valores dos escores de CAT, mMRC, SGRQ e a DP6 foram similares nos grupos tabagistas/ex-tabagistas e DPOC I/II. Os pacientes do grupo DPOC III/IV apresentaram maiores valores de CAT, mMRC e menores valores de DP6 e maior comprometimento da qualidade de vida comparado aos demais grupos. Escores do questionário CAT ≥10 pontos foram encontrados em 75% do grupo tabagista/ex-tabagista e 69,4% do grupo DPOC I-II. A falta de ar foi o sintoma mais experimentado, relatado por 59% a 95% dos participantes, a tosse foi relatado por 62,5% a 75%, o catarro por 52,7% a 62,5% e o chiado por 50% a 60% dos pacientes. Os sintomas foram na maioria das vezes de intensidade leve ou moderado e variaram durante o dia e semana, com predomínio nos períodos matutino e à noite. A análise de regressão múltipla mostrou que a presença e intensidade dos sintomas tem associação positiva com os escores de CAT e total do SGRQ. Conclusão: Os resultados mostram que tabagistas, ex-tabagistas e pacientes com DPOC apresentam sintomas respiratórios frequentes independentemente da intensidade de obstrução das vias aéreas, que ocorreram principalmente no período matutino e noturno e em menor proporção no período da tarde. Pacientes nos estágios mais graves da DPOC apresentaram comprometimento significativamente maior na maioria dos desfechos avaliados. O questionamento detalhado sobre os sintomas auxiliam na avaliação do impacto negativo do tabagismo e da DPOC na vida diária dos pacientes. |