A música na educação infantil: uma reflexão histórico-filosófica à luz da omnilateralidade e da aprendizagem desenvolvente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Mariane dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193461
Resumo: A dissertação intitulada A música na educação infantil: uma reflexão histórico-filosófica à luz da omnilateralidade e da aprendizagem desenvolvente resulta de pesquisa desenvolvida no âmbito da Filosofia e História da Educação, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da FFC-UNESP-Marília. A abordagem diz respeito à formação intencional das crianças pequenas, visando à integralidade de sua formação em um ensino organizado intencionalmente para o desenvolvimento qualitativo com desvelo às máximas possibilidades para a criação humana. Considera-se que os movimentos da sociedade se encontram entre avanços e retrocessos e influenciam as materializações em leis sobre o contexto da Educação Infantil que se apresentou tardiamente no Brasil. O objetivo central é analisar as contribuições da música frente à formação omnilateral e à aprendizagem desenvolvente das crianças na Educação Infantil. Para alcançar o objetivo, utilizou-se de estudo bibliográfico e da leitura de documentos oficiais sobre a educação brasileira, referenciais teóricos atinentes à formação omnilateral, concepção de infância e formação musical, tomando como fundamentação teórica a perspectiva Histórico-Cultural. Por meio das leituras e análises feitas no decorrer da pesquisa, foi possível verificar que as condições sociais desiguais geradas pelo capitalismo condicionaram projetos focados no cuidado e assistência das crianças das classes populares, apartando-os de ofertas eficientes e de qualidade, o que impede o desenvolvimento omnilateral desde a mais tenra idade. Evidencia-se a dificuldade de superação das condições instauradas, marcadas pela unilateralidade, ritualização e reprodução. Além disso, concepções anacrônicas de infância e de formação retiram das crianças sua condição de sujeitos nos processos de ensino e aprendizagem, os quais requerem capacidades de escolha, imaginação, criação, fruição e experimentação, elementos intrínsecos à musicalidade. Advoga-se que a Educação Infantil referenciada na formação omnilateral possa favorecer, mediante a atividade desenvolvente, o desenvolvimento integral da criança ao articular as dimensões intelectual, tecnológica e corporal, incluindo aqui o desenvolvimento da sensibilidade musical.