Formação continuada de gestores na educação infantil na perspectiva da educação desenvolvente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Borges, Ana Lúcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234519
Resumo: A pesquisa tematiza a formação continuada dos (as) gestores (as) escolares – diretores (as) e coordenadores (as) pedagógicos (as), compreendendo-os como lideranças pedagógicas e organizadores dos processos de formação continuada nas unidades escolares. Aborda-se esta temática pela necessidade de ver mudanças nas práticas pedagógicas, antecipatórias e artificiais realizadas na Educação Infantil em descompasso com as produções científicas atuais para a educação da infância e os direitos das crianças. Para tanto, acompanha-se o percurso de autoformação em um grupo de estudo composto por gestores que trabalham em escolas públicas de Educação Infantil em dois municípios da Grande São Paulo. Nesse sentido, busca-se analisar as manifestações dos sujeitos deste grupo sobre os desafios que enfrentam na gestão das escolas e na organização dos processos formativos, entre eles, as consequências do trabalho alienado e o confrontar-se com o não saber e com o senso comum na atividade pedagógica. Opta-se pela apreciação dos registros produzidos no Grupo (gravações dos encontros, registros escritos, avaliações de eventos organizados como colóquios de professores e publicações) em interlocução com os estudos da Teoria Histórico-Cultural e da Sociologia da Vida Cotidiana para a compreensão de princípios para um processo de autoformação dos sujeitos adultos. Tem-se como hipótese que o desenvolvimento profissional da equipe gestora contribui para o desenvolvimento profissional dos (as) professores (as) quando os gestores assumem o papel de organizadores do meio social de trabalho e da formação continuada no interior da escola. Muda-se, assim, a concepção de trabalho do (a) gestor (a). Do objeto da pesquisa “formação de gestores escolares na Educação Infantil”, constitui-se como problema: como se manifesta a forma de pensar e agir do senso comum que obstaculiza a educação desenvolvente e como uma formação de gestores pode ser orientada à superação desse senso comum em direção a uma educação desenvolvente na educação infantil? Desta forma, a pesquisa tem como objetivo geral compreender, com base na Teoria Histórico-Cultural e na Sociologia da Vida Cotidiana, princípios para uma formação continuada de gestores escolares da Educação Infantil orientada à superação do senso comum do cotidiano escolar, próprio de um trabalho alienado. Para a compreensão dos fundamentos desta formação, tem-se como guia os seguintes objetivos específicos: analisar a gestão escolar na Educação Infantil como atividade permeada por múltiplas determinações, entre elas o trabalho alienado; compreender como se manifestam o sentir, o pensar e o agir, próprios do senso comum - obstáculos a uma educação desenvolvente; compreender princípios de uma educação desenvolvente e, por fim, elaborar uma perspectiva histórico-cultural de formação continuada de gestores da Educação Infantil a partir das discussões teórico-conceituais realizadas no desenvolvimento da pesquisa. A pesquisa evidenciou que a atividade coletiva de autoformação na qual estão presentes as mediações do patrimônio cultural da humanidade, ou seja, as objetivações da esfera do não cotidiano- a arte, as ciências e a filosofia provocam transformações nos sujeitos que participam desses processos. Sujeitos no processo de autoformação, as gestoras participantes da pesquisa elevaram sua condição profissional à compreensão dos processos educativos numa perspectiva de totalidade, como requer ser gestor (a) de unidades escolares de educação infantil, uma prática social complexa.