O fantástico e o feminino: uma análise comparada da configuração da personagem feminina em contos selecionados de Murilo Rubião e Lygia Fagundes Telles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Michelle Nunes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213910
Resumo: Este estudo tem como questão central a investigação da configuração das personagens femininas, em contos selecionados, por meio de uma perspectiva comparada de autoria masculina e feminina. O corpus é composto por contos fantásticos escritos e publicados no Brasil no século XX: “Aglaia”, “Bárbara” e “Petúnia”, extraídos de Contos Reunidos (1998), de Murilo Rubião, e “Emanuel”, “Tigrela” e “Noturno Amarelo”, presentes no livro Mistérios (1998), de Lygia Fagundes Telles. Inicialmente nosso estudo se presta a traçar uma trajetória teórica sobre o fantástico, do centro à margem, contando com teorias de Todorov (2014), Bessière (2012), Furtado (1980), Ceserani (2006) e Roas (2001), que são tidas como tradicionais, e Paula Júnior (2011), que propõe o conceito do fantástico feminino. A partir dessa questão, propomos uma reflexão sobre o lugar da mulher na literatura fantástica, tendo por base a teoria de Paula Júnior (2011), que propõe as categorias objeto, sujeito e autora. Longe de esgotarmos as possíveis leituras e resumi-las a nossa perspectiva, analisamos o corpus, com foco na configuração da personagem feminina, e buscamos construir um parâmetro de comparação das perspectivas de autoria. Identificamos, segundo propõe Paula Júnior (2011), uma correspondência com as categorias de objeto, na perspectiva masculina de autoria, de Murilo Rubião, e de sujeito, na perspectiva feminina, de Lygia Fagundes Telles. Assim, como propõe Coelho (1991), nosso intuito, ao analisarmos a questão de gênero na autoria, não está ligado a atribuição de valor – de qual seria a melhor –, mas busca investigar a questão por meio de outras teorias que se constituem de parâmetros que corroboram a distinção básica entre as duas perspectivas.