Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Vanderlei de Souza [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148976
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Resumo: |
A agricultura capitalista brasileira sempre esteve voltada para atender as demandas do mercado externo, apoiada em pilares que cumprem função de oferecer matéria-prima e disponibilizar mão de obra barata para a indústria. Estes pilares estão baseados na concentração da terra, no modelo agroexportador, na expropriação camponesa e na exploração do trabalho. Este modelo de produção intensifica a utilização do solo e o uso descontrolado de agrotóxicos, preocupando-se, exclusivamente, com a produtividade e o lucro. Na pós-revolução verde, o modelo capitalista de produção proporcionou inovações tecnológicas no campo com a introdução de novos insumos agrícolas, máquinas modernas e modificação genética das sementes. Porém, estas mudanças agrícolas somente se viabilizaram, pois os grandes latifundiários se apoderaram de créditos públicos subsidiados. Por outro lado, a agricultura não capitalista, baseada no trabalho familiar, ocupando áreas periféricas no meio rural e com baixa inovação tecnológica, é a principal responsável pela produção de alimentos e dos empregos no campo. Os camponeses utilizam a terra para produzir sua subsistência, bem como produzir alimentos para o conjunto da sociedade. A pesquisa mostrou que as áreas de reforma agrária contribuem para a produção de alimentos nos diferentes aspectos, seja para subsistência das famílias assentadas, seja para produção, industrialização e comercialização de alimentos para a população rural e urbana. No entanto, existem contradições no modelo de produção as quais muitas famílias continuam inseridas na lógica capitalista da produção de commodities. Todavia, a produção camponesa está subjugada ao mercado capitalista que se apropria da renda produzida. A pesquisa em questão apresentou elementos da renda camponesa com base na produção para a subsistência das famílias e para o mercado, apontando que o processo de industrialização dos produtos agrícolas ainda é incipiente e que a agregação de renda é fundante para manter os camponeses inseridos na base produtiva e para a resistência do camponês enquanto sujeito social. Diante disso, viu-se que, mesmo nas áreas de assentamento, a renda camponesa é considerada insuficiente para sua reprodução. Para tanto, a diversificação na produção para a subsistência garante a resistência dos camponeses perante o modelo capitalista de produção, porque sem esta produção o campesinato estará cada vez mais subjugado às leis do capital, sendo desterritorializados dos seus meios de produção. |