O ritmo como fenômeno multidimensional nas baterias de escola de samba e no candomblé: pontos de convergência a partir da diáspora africana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Castro, Rafael Y [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204713
Resumo: Esta pesquisa identifica, a partir da diáspora africana, pontos de convergência entre o can-domblé e as baterias das escolas de samba. Utilizamos conceitos expostos por Béhague (1994), Graeff (2015), Hall (2003), Hesse (1971) e Kubik (1979), referentes a características que foram trazidas por diversas etnias e aqui foram apropriadas, mantidas e transformadas, aspectos estes caracterizados pela transculturação, etnicidade e pela compreensão do ritmo como fenômeno multidimensional. As transcrições e análises foram desenvolvidas com base em aspectos musicais (técnicos e interpretativos) observados in loco, através de pesquisa par-ticipativa como membro atuante em alguns terreiros de candomblé e em baterias das escolas de samba, mais especificamente no Ilê de Oxalufã (Ketu), na Casa de Angola Kyloatala e na bateria do Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba (GRCSES) Império de Casa Verde, todos localizados na região metropolitana da cidade de São Paulo. Observamos que muitas das estratégias adotadas pelos atores responsáveis pela transformação e manutenção desses padrões resultam em diversas ambiguidades e são realizadas muitas vezes de forma inconsciente. Identificamos que a produção musical e a identificação cultural, apesar de diver-sas dubiedades interpretativas ou por influências do meio, continuam sendo desenvolvidas a partir de estruturas rítmicas e por conceitos mais amplos de ritmo, herdados via diáspora afri-cana e norteadores de processos coletivos nos terreiros de candomblé e nas baterias das escolas de samba – instituições responsáveis pela divulgação destes saberes diaspóricos.