Etnografia do samba em Salvador: tradição, mercado e espetacularização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Olivera, Sirleide Aparecida de lattes
Orientador(a): Souza Júnior, Vilson Caetano de
Banca de defesa: Souza Júnior, Vilson Caetano de, Penteado Júnior, Wilson Rogério, Alves, Arivaldo de Lima, Mercês, Geander Barbosa das, Tavares, Fátima Regina Gomes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38057
Resumo: Esta tese pretende contribuir para o estudo do samba em Salvador-Ba. Parte da percepção de que, após um o anonimato vivido com a ascensão da axé music na década de 1980, nos últimos quinze anos, o samba urbano de tradição afro-baiana ressurgiu em Salvador em eventos diversos, os quais têm se constituídos em novos espaços de socialização e lazer que recriam e mantêm as formas tradicionais do fazer samba na cidade. Essas formas de fazer samba estão inseridas no cenário atual baiano da produção mercadológica e divulgação mediática da música produzida na Bahia, bem como no contexto de espetacularização que marca a cultura das sociedades contemporâneas. Tendo em vista a extensão e a tentativa de construir uma visão panorâmica dessas práticas, a pesquisa se desenvolveu a partir da realização de uma etnografia do samba na cidade de Salvador, incluindo alguns eventos de diferentes tipos e dimensões, destacando a Caminhada do Samba, realizada anualmente na cidade, desde 2005, no percurso carnavalesco do centro da cidade, dentro das comemorações do mês da consciência negra (novembro) e do Dia do Samba (2 de dezembro). A conclusão nos revelou que a retomada do samba em Salvador demonstra que o samba integra o modo de viver da população negro e mestiça da cidade, como base musical e simbólica das suas práticas culturais, sobretudo para enfrentar os embates segregacionistas que, historicamente, marcaram essas práticas e garantir a preservação do samba mediante constante renovação, conforme o contexto sociocultural da cidade.