Interação ecológica entre mamíferos terrestres frugívoros e palmeiras neotropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Freitas, Paula Akkawi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182294
Resumo: As palmeiras são consideradas um recurso chave para os mamíferos terrestres tropicais. Entretanto, como as hiper-diversas guildas de frugívoros das florestas tropicais exploram recursos de palmeiras e coexistem, ainda é pouco compreendido. Neste trabalho, avaliamos como três espécies de mamíferos frugívoros terrestres, o queixada (Tayassu pecari), seu parente próximo, o cateto (Pecari tajacu) e a cutia (Dasyprocta azarae) interagem entre si e com os frutos de três espécies de palmeiras em uma floresta tropical da Mata Atlântica do Brasil. Utilizamos armadilhas fotográficas e modelos de ocupação para examinar as interações competitivas entre eles. Ao contrário de nossas expectativas, não encontramos evidências de exclusão competitiva entre esses frugívoros. Os queixadas exploraram principalmente as áreas de grande abundância da palmeira hiper-dominante Euterpe edulis, enquanto as cutias concentraram seu forrageamento em áreas com grande abundância de Syagrus oleracea e, em menor escala, Syagrus romamzoffiana. Os queixadas também responderam positivamente a Syagrus oleracea, mas apenas na ausência de cutias. Os catetos preferiram áreas de alta abundância de Syagrus romamzoffiana onde as outras duas espécies apresentaram baixa detecção ou estavam ausentes. Estes resultados sugerem que, apesar de ocuparem habitats semelhantes, estarem ativos durante as mesmas horas e compartilharem recursos de palmeiras semelhantes, as estratégias comportamentais dessas espécies permitem que elas coexistam.