A crônica contemporânea brasileira e seus novos espaços

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Garcia, Luis Eduardo Veloso [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154542
Resumo: A crônica é, sem dúvida, um dos gêneros mais populares da literatura brasileira, com tradição de grandes autores e, consequentemente, muitos leitores. A tentativa de compreensão sobre este gênero passa por alguns caminhos, como a definição de seus suportes, o modo diferenciado com que confronta o limite do literário e o mercadológico, sua representação do espaço local do autor dentro do texto, além da intencionalidade clara de dialogar com um leitor que seja inteiramente inserido no tempo presente. A intenção deste trabalho, então, é trazer algumas hipóteses de reflexão para a crônica contemporânea brasileira, levando em consideração três perspectivas sobre seus espaços: a primeira, discutirá o “espaço” no qual é produzida atualmente, tanto no suporte impresso quanto no suporte digital; a segunda, entrará na discussão dos caminhos do ciberespaço e de que modo estes são representados dentro do “espaço literário” do gênero atualmente, pensando que a crônica usa a questão do recorte local de seu autor como uma de suas bases conceituais; a terceira, entrará no entendimento da condição de perda de referência local que atinge diretamente o sujeito contemporâneo, na qual se debruçará nos conceitos da desterritorialização e gentrificação. Para que este exercício interpretativo se torne completo, coloca-se em prática todas as discussões levantadas a partir da análise de um conjunto de crônicas, composto pelos quatro nomes mais representativos do gênero na atualidade – principalmente no que diz respeito ao alcance de suas obras: Gregório Duvivier, Antonio Prata, Tati Bernardi e Xico Sá. Portanto, a ideia principal da tese é demonstrar que o cronista representa um excelente modo de compreender, de maneira dinâmica e complexa, as situações e concepções que formam sua época, afinal, não existe gênero que se alimente mais do tempo presente do que a crônica.