Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Soares, Claudio Luis de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-14032013-095245/
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Resumo: |
O trabalho discute os traços fundamentais da poética do cronista Paulo Mendes Campos (1922-1991). Para isso, analisa em primeiro lugar a característica híbrida da crônica brasileira contemporânea, produto jornalístico e ao mesmo tempo literário. A pesquisa evoca estudos que debatem o conceito de literatura, destacando a dificuldade de uma definição para o termo que tenha aplicação universal. Em seguida, refuta a caracterização da crônica como gênero menor, tomando como base estudos literários contemporâneos que modificaram o entendimento sobre a própria noção de gêneros. A pesquisa aborda ainda as relações entre literatura e realidade social, questão importante, entre outros motivos, porque a crônica mantém uma vinculação com o noticiário jornalístico. Ao realizar a descrição tipológica da crônica, o trabalho parte do pressuposto de que se trata de um produto da modernidade, do universo dos meios de comunicação de massa, como o jornal e a revista. Simultaneamente, trata-se de um gênero de fronteira, que assume formas de outros gêneros, como o ensaio e o poema em prosa. Para a caracterização da poética de Paulo Mendes Campos, foram analisadas dez crônicas pertencentes ao livro O cego de Ipanema. O estudo desdobrou-se nos aspectos líricos, estilísticos e narrativos da obra do autor. Uma das conclusões é a de que, em suas crônicas, a persistência dos termos sol, domingo e azul confere-lhes significados singulares, não necessariamente coincidentes com os significados usuais. Em virtude disso, o trabalho caracteriza-o como autor de crônicas de sol e domingo azul, expressão que dá título ao estudo. |