Relação entre imunomarcação para iNOS, carga parasitária, parasitemia e lesões em diferentes órgãos de ratos wistar experimentalmente infectados com Trypanosoma evansi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pereira, Priscila Préve
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152658
Resumo: Trypanosoma evansi acomete diversas espécies de animais em todo o mundo. A infecção se caracteriza por intensa parasitemia associada a anemia, que evolui para lesões teciduais atribuídas à resposta autoimune do hospedeiro. O objetivo desse estudo foi avaliar a evolução da infecção experimental pelo Trypanosoma evansi até as fases mais tardias da infecção, a partir das lesões patológicas, estresse oxidativo tecidual, parasitemia e parâmetros hematológicos. Para tal, os ratos infectados com T. evansi foram eutanasiados aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a inoculação (DAI), os animais foram anestesiados, e posteriormente colhidos 5 ml de sangue intracardíaco com anticoagulante etileno diamino tetra acetato de sódio (EDTA). Os achados histopatológicos foram avaliados de acordo com o tipo de lesão e a incidência de T. evansi, sendo descrita a localização da lesão e determinada a intensidade por escores. O estresse oxidativo foi avaliado a partir da resposta imune celular por imunomarcações da enzima óxido nítrico sintase induzível (iNOS) de imunohistoquímica. A carga parasitária foi detectada pela imunomarcação do parasita pela mesma técnica. Foi notada uma acentuada anemia no DAI 21. No baço, a hiperplasia linfoide em todos os momentos, evidenciando-se no DAI 35. No coração, presença de parasitas no interior de vasos e câmaras ventriculares, no DAI 21 e infiltrado inflamatório polimorfonuclear em todos os momentos, porém, extremamente acentuado no DAI 28. Nos rins notou-se a presença do parasita a partir do DAI 14 associado a uma nefrose tóxica. Nos pulmões poucos parasitas, espessamento de septos alveolares, hemorragia em todo período da infecção e infiltrado inflamatório polimorfonuclear. Nos linfonodos poplíteos com parasitas a partir do DAI 28 e intensa presença de mastócitos (MCs) em DAI 21. No encéfalo, foi observado a descontinuidade da barreira hematoencefálica, em DAI 21. Os resultados foram importantes para elucidar a infeção por tripanossomíases, e o hospedeiro nos diferentes momentos diante desse cenário. Em todos os órgãos foram detectados a presença de parasita por imuno-histoquimica, apresentando maior intensidade em DAI21, e nos próximos momentos reduzindo significamente. Assim como a intensidade de células imunomarcadas para o óxido nítrico foi alta entre DAI14 e DAI 21 e após esse momento reduziram. Os dados mostram que o óxido nítrico pode lesionar os tecidos do hospedeiro como o parasita, e assim reduzindo a carga parasitária.