Estudo da ação de derivados semi-sintéticos de curcumina em linhagens celulares de câncer humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Beatriz Bortolozo de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136202
Resumo: Os Papilomavírus humanos (HPVs) são vírus de DNA divididos em dois grupos. O de baixo risco, associado a lesões benignas, e o de alto risco, associado a diversos tipos de câncer. As oncoproteínas E6 e E7 são as principais proteínas envolvidas no processo de carcinogênese decorrente da infecção por esses vírus, de forma que compostos naturais têm sido utilizados na busca por drogas que inibam a expressão viral. Paralelamente, devido aos diversos efeitos colaterais e alto índice de reincidência dos tratamentos tradicionais contra o câncer, a procura por agentes antitumorais é intensa. Nesse contexto, diversas pesquisas estão sendo realizadas afim de explorar as inúmeras propriedades da curcumina, uma substância que apresenta atividade antiinflamatória, imuno-modulatória, antioxidante, anti-angiogênica, quimioprotetora, antiproliferativa, antitumoral e antimicrobiana. Assim, uma estratégia promissora utilizada é a busca por análogos de curcumina que consigam aumentar a eficácia terapêutica desse fitoterápico. Dessa forma, o objetivo desse trabalho é analisar in vitro a ação de diferentes derivados semi-sintéticos de curcumina (AC1, AC2, AC7, AC10 E AC13) sobre a expressão dos oncogenes virais E6 e E7 em linhagem de carcinoma cervical HPV-16 positiva (CasKi) e a atividade antitumoral do composto AC13 em diferentes linhagens tumorais (CasKi, HeLa, MDA-MB- 231, MCF-7 e 786-O). Para isso, após a incubação com os compostos em diferentes concentrações, a viabilidade das células foi analisada por ensaio MTT e uma linhagem imortal transformada de queratinócito humano (HaCaT) foi utilizada como controle para análise da citotoxicidade. Posteriormente, a avaliação da expressão do RNAm de E6 e E7 foi realizada por PCR em tempo real, a determinação da expressão da proteína p53 por Western Blotting e a detecção da atividade das caspases 3 e 7 foi analisada por meio de ensaio luminescente de apoptose. Embora nenhum composto tenha inibido a expressão de E6 e E7 na linhagem CasKi, as análises de citotoxicidade do composto AC13 sugerem que ele apresente vantagens em relação à curcumina nessa linhagem celular, pois foi menos citotóxico do que a curcumina para as células não tumorais (HaCaT) e causou queda de viabilidade um pouco maior para a linhagem CasKi do que para a HaCaT nas concentrações de 50, 75 e 100 μM. Além disso, o AC13 induz aumento da atividade das caspases, o que indica que as células são levadas a morte por apoptose. Dessa forma, os dados obtidos sugerem que o derivado de curcumina AC13 apresenta interessante atividade antitumoral nas células CasKi.