Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Anselmo, Daiane Bertholin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192717
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Resumo: |
O câncer é caracterizado por uma proliferação celular descontrolada, desencadeada por diversas mutações genéticas, fatores epigenéticos e ambientais. Apesar dos avanços terapêuticos, esta doença continua a ser responsável por índices de mortalidade elevados em todo o mundo, que é agravado pela grande resistência aos fármacos. Desta forma, se faz necessária a busca por novas substâncias potentes, seletivas e capazes de agir sobre células tumorais resistentes. Os produtos naturais têm despertado interesse científico devido suas inúmeras bioatividades. Dentre estes, a curcumina, isolada dos rizomas de Curcuma longa (popularmente conhecida como açafrão), o cinamaldeído, responsável pelo odor e sabor da canela (Cinnamomum sp.) e as chalconas, flavonoides abundantes em frutas, legumes e plantas, possuem potentes atividades antitumorais contra diversos tipos de câncer. O objetivo deste trabalho foi: a) avaliar a capacidade de inibição da proliferação celular de doze híbridos moleculares de curcumina-cinamaldeído contra células de câncer de mama MCF-7 e MDAMB-231, câncer de colo do útero C33, HeLa, SiHa e CaSki e câncer de vulva A431; b) selecionar o híbrido mais ativo e investigar os possíveis mecanismos celulares e moleculares em linhagens de osteossarcoma U2OS (p53 selvagem) e SAOS (p53 ausente). Pelo ensaio de MTT foi observado que os híbridos foram mais potentes que o cinamaldeído, sendo que híbridos hidroxilados foram mais ativos do que os híbridos metoxilados. O híbrido 5a apresentou maior potência antiproliferativa contra as células avaliadas de câncer feminino exceto para MCF-7, com valores de CI50 variando de 2,7 a 36,5 µM. O híbrido 5a demonstrou maior potência que a curcumina contra as células CaSki, SiHa, C33 e A431, exibiu uma maior seletividade que a curcumina, quando ambas foram testadas contra queratinócitos (HaCaT), além de ter demonstrado mais estável do que curcumina e cinamaldeído sob condições fisiológicas. Ensaios clonogênicos indicaram que 5a foi capaz de inibir a formação de colônias da linhagem A431, após 15 dias de tratamento. O híbrido 5a foi mais ativo contra células de osteossarcoma U2OS (CI50 = 22,4 µM) quando comparado às células SAOS (CI50 = 45,0 µM), sugerindo que a proteína p53 pode ser o seu alvo molecular. O híbrido 5a demonstrou boa atividade na inibição da migração e invasão de células U2OS por meio dos ensaios de wound-healing e transwell, respectivamente. Pela técnica de zimografia, o híbrido 5a indicou que efeitos sobre a migração e invasão pode estar relacionada com a diminuição da atividade da metaloproteinase de matriz 2 (MMP-2). A análise de Western Blot evidenciou a capacidade de 5a em induzir a expressão das proteínas p53 e DNAJB1 (Heat shock protein 40). Essa indução pode contribuir na atividade de p53, visto que Hsp40 estabiliza a conformação da proteína p53. As análises de citometria de fluxo indicaram que a inibição da viabilidade celular por 5a está relacionada com a indução de morte por apoptose, na qual p53 também pode estar envolvida. O estudo do potencial antitumoral e antimetastático de híbridos moleculares curcumina-cinamaldeídos é inédito na literatura, sendo o primeiro que avaliou a atividade de 5a em níveis celulares e moleculares. |