"Eu sou brasileiro e não desisto nunca": por uma análise antropofágica do discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Thiago Ferreira da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180612
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo descrever/interpretar a(s) identidade(s) do sujeito brasileiro que foram produzidas e difundidas pelas mídias audiovisuais quando dos dois maiores eventos esportivos realizados no Brasil na última década: a Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Para tanto, mobiliza-se e problematiza-se o aparato teóricometodológico da análise do discurso feita no Brasil a partir das leituras de Michel Foucault e da proposta de elaboração de uma semiologia histórica a fim de responder às seguintes questões: a) Quais foram as identidades/subjetividades que foram representadas e construídas do/para o povo brasileiro durante esses eventos? b) Quais foram as memórias de uma(s) brasilidade(s) que foram retomadas e atualizadas para a (re)produção dessas identidades? c) Qual a importância dos eventos políticos, sociais e econômicos contemporâneos para que se construíssem, discursivamente, esses modelos identitários? d) Quais foram os mecanismos utilizados pela mídia para que tais identidades pudessem, efetivamente, entrar na ordem do discurso que se estabelece contemporaneamente (que pode ser vista, também, como uma ordem do olhar)? Propõe-se, ao lançar um olhar genealógico sobre a produção de modelos de subjetividades para os sujeitos brasileiros através das descontinuidades da história, que nossas identidades, assim como nossa análise do discurso, se produziram e se (re)(des)constroem a cada dia por meio da prática antropofágica, aqui compreendida como absorção, processamento e transformação das epistemologias mas também das práticas identitárias herdadas, nos países do sul geográfico, dos colonizadores europeus. Por meio da análise de videoclipes e propagandas audiovisuais produzidos para esses eventos esportivos, constata-se que o brasileiro emerge como resultado desse ritual antropofágico epistemológico e cultural como uma possibilidade de identidade e fundação de um pensamento pós-colonial.