Fundamentos histórico-filosóficos do conceito de clássico na pedagogia histórico-crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ferreira, Carolina Góis [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181428
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre a fundamentação histórico-filosófica que subsidia o conceito de clássico como postulado pela pedagogia histórico-crítica. Nosso problema de pesquisa reside no fato de que algumas críticas feitas a essa teoria pedagógica acusam o conceito de clássico de ser etnocêntrico, elitista e apartado da realidade cultural dos alunos. É sobre essa questão que nos debruçamos nesta pesquisa. A resposta a essas críticas requer a análise e explicitação dos fundamentos marxistas da concepção de clássico empregada pela pedagogia histórico-crítica. Para tanto, realizamos uma análise teórico-conceitual que teve como objetivo contribuir para o desenvolvimento do referido conceito. Buscamos apoio em autores marxistas como György Lukács, Agnes Heller e György Markus com o intuito de compreender o clássico a partir de seu fundamento, qual seja: como um produto da atividade humana. Desse modo, em contraposição à concepção de conhecimento hegemônica, entendemos o clássico como um valor universal, ou seja, como um produto da atividade humana cuja validade supera as contingências socioculturais do contexto de seu surgimento histórico. Portanto, compreendemos que, alicerçados no método dialético, é possível o entendimento do processo de desenvolvimento humano como fundamentando o conceito de clássico, o que acaba por permitir a superação da escolha entre uma concepção etnocêntrica e uma concepção relativista de cultura.