Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Galvão, David Guarniery |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252342
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Resumo: |
Em filosofia da mente, duas perguntas ontológicas mostram-se tão antigas quanto duradouras e formam o núcleo difícil desse campo, a saber: [1] “o que são os estados mentais?” e [2] “como se dá a interação causal entre os estados mentais e os processos físicos?”. Ambas as indagações derivam daquele que é tradicionalmente conhecido como “problema mente-corpo”, também denominado de “problema mente-cérebro”. Possibilidades de respostas foram dadas e, até o final da década de 1950, haviam-se originado propostas teóricas que passaram a ser conhecidas como dualismo, behaviorismo, pampsiquismo, teoria cibernética, psicologia da Gestalt, psicanálise e, dentre tantas, a teoria da identidade mente-cérebro, a qual, em seu contexto inicial, apresentava divergências entre suas próprias modalidades. Assim, como objetivo geral desta dissertação, propusemo-nos avaliar a resposta fisicalista fornecida em favor da identidade entre os estados mentais e os processos neurofisiológicos. Para tanto, como objetivos específicos, foram assumidas: [1] a análise reconstrutiva; [2] a avaliação crítica e [3] a análise comparativa de autores daquela mesma teoria. Constituiu método de pesquisa a revisão bibliográfica apoiada sobre os textos clássicos da área, os quais foram avaliados por meio do Cálculo Proposicional Clássico (CPC) e Cálculo Quantificacional Clássico (CQC) de 1ª Ordem, no propósito de superar a simples especulação a partir de demonstrações do status semântico de proposições, conjuntos de proposições e argumentos que constituem o corpo teórico da supracitada teoria. Para tanto, foram utilizados os três artigos principais e iniciais da década de 1950, a saber: “Is consciousness a brain process?” (1956) de autoria de Ullin Thomas Place, The “mental” and the “physical” (1958), do filósofo Herbert Feigl, bem como o artigo “Sensations and brain processes” (1959), escrito por John Jamieson Carswell Smart. Os resultados sugerem convergências e divergências entre os autores relativas às quatro propostas de análise do problema mente-cérebro: [1] linguística, [2] epistemológica, [3] lógica e [4] ontológica; bem como a carência de pesquisa empírica que sustente a identidade ontológica entre estados mentais e processos cerebrais. Salientamos o conflito entre [1] a possibilidade lógica da identidade ontológica sintética a posteriori mente-cérebro com [2] a possibilidade epistemológica da ciência dos estados fenomenais (qualitativos) e a ignorância dos processos físicos (quantitativos) a eles correlacionados. Também avaliamos a possibilidade de uma rejeição puramente lógica (a priori) da viabilidade da tese de uma identidade linguística sintética a posteriori dos referentes conceituais de uma linguagem fenomenal com aqueles de uma linguagem neurofisiológica, bem como suas implicações ontológicas. |