Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Shigue, Anaise Rodrigues Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-25072024-144632/
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Resumo: |
Nas últimas décadas houve crescente interesse do público, em geral, pelas medicinas tradicionais complementares e integrativas (MTCI), reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ayurveda, medicina indiana e tema central desta pesquisa, foi aprovado em 2017 como uma Prática Complementar e integrativa em saúde (PICS). Para investigar correlações já existentes entre o Ayurveda e as neurociências assim como a compreensão ou eventuais relações com o tema cérebro-mente foram considerados como referenciais teóricos principalmente de: Dominik Wujastyk, Philip Maas, Kenneth Zysk e Matthew Wolfgram, este último, proponente da teoria do paralelismo médico (2009). Ademais, foram realizadas entrevistas com 25 profissionais divididos em 3 grupos: A (n=10) médicos Ayurvédicos (Vaidyas) indianos e estrangeiros; B (n=10) profissionais de Ayurveda fora da Índia e C (n=5) profissionais que atuam em centros referenciais que utilizam medicinas complementares e integrativas no Brasil. Foi adotada uma abordagem de análise de cruzamento de informações resultantes do referencial teórico e entrevistas. Assim, concluiu-se que não seria possível realizar tal correlação morfofuncional devido à ausência de conhecimento do Ayurveda Clássico (período referenciado neste trabalho) pertinentes a anatomia e fisiologia do cérebro e sistema nervoso e seus detalhes, embora interessantes teorias sobre a mente tenham sido desenvolvidas mesmo sem tais conhecimentos. Ainda foi possível constatar que após o período clássico, houve apropriação de terminologia e conhecimentos da anatomia e fisiologia ocidental pelo Ayurveda, ocorrendo majoritariamente de maneira conjectural, causando discrepâncias e inconsistências que dificultam o entendimento, ensino e aplicação do Ayurveda dentro e fora da Índia, fato confirmado pelas entrevistas e que corrobora o paralelismo médico de Wolfgram. Investigações futuras poderão testar tais conjecturas e se estas representam significativo entrave em termos de metodologias de pesquisa e de compreensão de potenciais contribuições desta medicina tradicional para a saúde global de maneira verdadeiramente complementar e integrativa. |