O desenvolvimento da criatividade em Piaget e Vigotski

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Coelho, Talitha Priscila Cabral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152481
Resumo: A presente pesquisa explora o tema da criatividade ao longo da trajetória intelectual de Piaget e Vigotski. Trata-se de um estudo teórico no qual foi utilizada a análise comparativa como procedimento metodológico. A evolução do problema da criatividade ao longo de suas obras e a síntese conceitual extraída das formulações permite a defesa de três argumentos fundamentais: a) a ocorrência de autocrítica que os levou a uma reformulação em suas teorias, com repercussão para o tema da criatividade; b) a concordância sobre a criação como um problema das idades psicológicas; e c) a discordância quanto ao papel da linguagem para a originalidade criativa. A reformulação teórica feita por Piaget se deu logo no início de sua carreira e consistiu no rebaixamento da importância da linguagem para a origem da atividade intelectual e criativa. Desde então, o acontecimento psicológico que explica a originalidade deixa de contar com a participação diretiva e decisiva de algo externo ao próprio mecanismo de adaptação da vida. Embora em seus últimos trabalhos reconheça as iniciativas engenhosas conquistadas pelo pensamento lógico-formal na idade da adolescência, Piaget entende que o processo funcional e biopsíquico de equilibração, alimentado pelas ações do sujeito, possui maior força explicativa para a compreensão da originalidade, que é a principal característica da criação. Já a autocrítica realizada por Vigotski o levou a explicar a criação, em seus últimos trabalhos, no interior da dinâmica psicológica das idades, defendendo a ideia de que a imaginação criativa é uma neoformação, um produto de saltos qualitativos do desenvolvimento que é impulsionado e orientado pela situação social. Segundo essa abordagem, a adolescência é a idade psicológica em que ocorre a integração de forma consciente dos interesses, do desenvolvimento intelectual e da fantasia. Para Vigotski, apenas com essa conexão se inaugura a autêntica originalidade criativa.