Resumo: |
A presente pesquisa parte da premissa de que os cadernos de cultura encartados em jornais de grande circulação e prestígio são espaços privilegiados para divulgar e promover a reflexão crítica sobre as artes visuais, uma vez que têm altas tiragens e um público que, se não pode ser classificado como altamente qualificado, ao menos se distingue da maioria da população pelo hábito de ler jornais diariamente. Por meio das reflexões neles publicadas, deve ocorrer uma ampliação do sentido das artes que sirva como referência para a fruição das obras por parte dos leitores. Os cadernos de cultura podem se constituir, portanto, como espaços da mediação necessária entre obras e público, visando a aproximação das partes. Foram analisadas 11 críticas de arte publicadas na Folha de S. Paulo e 12 resenhas publicadas n’O Estado de S. Paulo, durante a realização da 29ª Bienal de Artes de São Paulo (25 de setembro a 12 de dezembro de 2010). Os textos foram analisados na perspectiva da Análise Crítica do Discurso (ACD) formulada pelo linguista Norman Fairclough, que defende que, se por um lado, os discursos podem contribuir para as reproduções da sociedade com a reificação de identidades sociais e crenças, por outro, também podem transformá-la |
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