A reformulação globalizada do espaço e da violência na Palestina: o mecanismo político global-local dos Acordos de Oslo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pacheco, Arturo Benito Hartmann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202330
Resumo: O presente trabalho procurou compreender como agentes internacionais, estatais e não-estatais, envolvidos na construção de paz na Palestina entrelaçaram-se às dinâmicas do confronto colonial local. O objetivo do estudo foi inserir-se nos debates mais recentes sobre impactos dos Acordos de Oslo, passados quase 30 anos de sua assinatura, para as possibilidades políticas no interior do que se convencionou chamar de questão palestina. Isso foi feito, em um primeiro momento, pela análise do quadro histórico das dinâmicas espaciais e de violência do confronto local, junto a tentativas de realização de processos de paz nos anos 1970 e 1980. Em seguida, rastreamos diferentes momentos-chave do presente processo por meio da análise de documentos e dinâmicas políticas que formataram os envolvimentos de agentes locais e globais. Por fim, na observação da junção de políticas econômicas de governança global neoliberais e de ações militares israelenses mais recentes, foi possível observarmos dinâmicas de fragmentação dos territórios da Faixa de Gaza, de Ramallah e do Vale do Jordão, detectando o papel da comunidade internacional na reformulação do espaço e da violência no confronto colonial na Palestina. Assim foi possível concluir que, na configuração específica do caso observado, a intervenção mais ampla de aparatos de ajuda internacional distorceu-se em um mecanismo político produtor de uma geografia do desastre. O trabalho espera abrir reflexões sobre os dilemas e possibilidades de resolução de conflitos na atual ordem global.