Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Nilton Silveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191627
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Resumo: |
A presente pesquisa compreende o movimento de imaginação, criação, negociação e realização do I Festival de Vídeos Digitais e Educação Matemática como sendo formado por coletivos de atores humanos e não humanos, os quais constituem uma complexa rede de Sistemas Seres-Humanos-Com-Mídias (Sistemas S-H-C-M). Esses sistemas, que compartilham elementos e ideias, permitem discutir, neste trabalho, as tensões vivenciadas por professores e alunos participantes do festival, bem como as adaptações necessárias, ocorridas durante o processo de produzir vídeos digitais com conteúdo matemático e de submetê-los ao evento. Este festival consistiu em um evento organizado pelo Grupo de Pesquisa em Informática e outras Mídias e Educação Matemática - GPIMEM, de caráter nacional, em que professores e alunos interessados na temática deveriam produzir vídeos conjuntamente para serem submetidos ao referido evento através de seu site, com o intuito de serem avaliados e premiados em uma cerimônia presencial na UNESP de Rio Claro - SP. Essa pesquisa é de cunho qualitativo, uma vez que discute as particularidades vivenciadas pelos participantes desse primeiro evento e admite as observações do pesquisador, membro da equipe organizadora, com base na visão de conhecimento dele. Para a produção de dados, foram realizados questionários e entrevistas presenciais e virtuais, além das produções desenvolvidas pelos participantes sob a forma de mídia vídeo. A análise de dados está pautada na perspectiva teórica Sistema Seres-Humanos-Com-Mídias (Sistema S-H-C-M), proveniente da terceira geração da Teoria da Atividade e das derivações desenvolvidas a partir do constructo teórico Seres-Humanos-Com-Mídias, as quais foram entrelaçadas com as noções de situação corrente, imaginada ou arranjada. Nessa pesquisa, cada coletivo, formado por organizadores, participantes entrevistados e mídias, assim como o próprio I Festival, é compreendido como uma unidade mínima de análise; essas unidades, por sua vez, são organizadas sistematicamente como Sistemas S-H-C-M. Tal análise ocorreu mediante a escolha de cinco entrevistas representantes de diferentes trajetórias, tanto dos professores quanto dos alunos, quer sejam da Educação Básica, quer sejam licenciandos em Matemática nas modalidades presencial e a distância, os quais constituíram um Sistema S-H-C-M para cada entrevista. Ao contrastar as particularidades desses sistemas com a proposta do I Festival, notou-se que este último ocorreu mediante certas adaptações entre os participantes e a equipe organizadora do evento, adaptações estas provenientes de tensões consideradas contradições internas desses sistemas em rede. Constatou-se certo poder de ação da mídia vídeo nessa produção do conhecimento por meio da produção de vídeos, o que a caracteriza como sujeito de alguns sistemas. A linguagem matemática presente nos vídeos e no discurso dos participantes manifesta-se como algo flexível, com certa plasticidade e humor, podendo favorecer a transformação da Imagem Pública da Matemática, muitas vezes vista como algo frio e difícil. De modo geral, concluiu-se que o I Festival foi um evento resultante de esforços coletivos de seus organizadores e participantes, em que adaptações foram necessárias para que vídeos fossem produzidos/submetidos à apreciação e pessoas se deslocassem para a solenidade presencial. Verificou-se, além disso, que o festival molda a sala de aula, assim como a sala de aula molda o festival. |