Fatores determinantes da variação geográfica intraespecífica nas interações das plantas com aves frugívoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Napoleão, Yuri Maluf
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251237
Resumo: Fatores biogeográficos, como a vegetação, barreiras físicas e ecológicas, bem como as características dos frutos, podem influenciar a configuração das comunidades de aves frugívoras e afetar suas interações com as plantas. Avaliar a dissimilaridade nas assembleias de aves que interagem com uma mesma espécie de planta em distintas localizações, nos ajuda a compreender padrões de distribuição desses organismos e sua relação com fatores ecológicos e geográficos. Além disso, é possível identificar fatores subjacentes dessa diferença, que podem ser atribuídos a diferentes processos ecológicos, como a substituição ou perda de interações. Nossa pesquisa investigou se a dissimilaridade entre as assembleias de aves frugívoras são influenciadas pelo tamanho e conteúdo de lipídeos dos frutos, pela diferença na cobertura de vegetação nativa e pela distância geográfica entre populações de plantas no mesmo bioma. Reunimos dados da literatura de estudos de frugivoria por aves para mensurar e decompor a dissimilaridade entre assembleias de aves e compilar dados de tamanho e quantidade de lipídeos dos frutos. Os dados de vegetação e distância foram calculados utilizando ferramentas de geoprocessamento. Utilizamos critérios de seleção de modelos para explorar as relações entre a dissimilaridade e seus componentes de partição e as variáveis preditoras. Nossos resultados revelam uma relação negativa entre o tamanho dos frutos e a dissimilaridade entre as assembleias de aves frugívoras. Ao particionarmos a dissimilaridade, observamos uma substancial substituição de interações entre as assembleias, porém encontramos indícios de aumento na perda de interações em espécies de plantas com frutos maiores. Isso ocorre porque espécies com frutos maiores possuem uma gama menor de dispersores, o que sugere menor redundância das interações, tornando essas espécies mais suscetíveis aos danos associados à perda de espécies. Por fim concluímos que o tamanho de fruto além de restringir a avifauna frugívora, acarreta na convergência na composição de espécies dispersoras de sementes.