O consumo crônico de etanol impacta o desempenho e a produção de energia do ventrículo esquerdo de ratos machos e fêmeas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Camargo, Victória Mokarzel de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237078
Resumo: Introdução: Nosso grupo de pesquisa encontrou feixe de fibras espaçadas, estriações celulares menos evidentes, deposição de feixes de fibras colágenas e maior presença de fibroblastos no tecido cardíaco de ratos que ingeriram etanol, de forma voluntária e crônica. Além disso, observamos aumento na divisão e morte celular de cardiomiócitos. Para descobrir se essas alterações levam a diminuição do desempenho do coração e geram danos mitocondriais, alguns testes clínicos e moleculares foram realizados. Objetivo: investigar se a ingestão crônica de etanol altera o desempenho e a produção de energia do ventrículo esquerdo de ratos machos e fêmeas da variedade UChB. Material e métodos: dez machos e dez fêmeas adultas de ratos da variedade Wistar, denominados UChB (Universidade do Chile), bebedores espontâneos de alta concentração de etanol (consumo maior que 2 g de etanol / Kg de peso corpóreo / dia) e dez ratos UChB machos e dez ratas UChB fêmeas adultas, não expostos ao etanol, ratos UChBC (controles) foram utilizados. O desempenho cardíaco foi avaliado pelo teste de esforço, eletrocardiograma e ecocardiograma. A determinação da taxa de reposição tecidual foi feita com o Ki 67 (mitose) e CYCS (apoptose). A avaliação do dano mitocondrial foi realizada através da quantificação da COX-IV, SDH-A e ADH. Resultados: O etanol crônico gera menor ganho de peso e aumento do peso relativo do coração em machos e fêmeas expostas, aumento do intervalo QT, diminuição do intervalo RR e aumento da FC em fêmeas expostas. Aumento da espessura diastólica da parede posterior do VE (EDPP), da espessura diastólica do septo interventricular (EDSIV) e espessura relativa do VE (ERVE) foram verificados em machos expostos. Entre os sexos, a exposição levou ao aumento do diâmetro diastólico (DDVE), diâmetro sistólico (DSVE), espessura diastólica do septo interventricular (EDSIV) e índice de desempenho miocárdico (Tei) nos machos. Nas investigações acerca da biogênese mitocondrial e sobrevivência celular, verificamos menor quantidade das proteínas SDHA e COXIV em machos e fêmeas expostos e aumento na concentração de CYCS em fêmeas expostas. Conclusões: há remodelação cardíaca concêntrica e lesão mitocondrial, diminuindo o desempenho e a produção de energia do ventrículo esquerdo de ratos machos e fêmeas da variedade UChB, sendo as fêmeas mais sensíveis.