Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Chaves, Luana Hordones [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/88744
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Resumo: |
A condenação de morte ao autor indo-britânico Salman Rushdie sob a acusação de blasfêmia, proclamada pelo aiatolá Khomeini em 1989, fez-se, desde então, um caso emblemático quando se trata dos desdobramentos da relação entre Direitos Humanos e Islamismo. A repercussão internacional da fatwa evidenciou não só a peculiaridade política do governo iraniano pós-revolução islâmica, como também a forma de representação do oriente – especificamente do mundo muçulmano – consolidada no imaginário ocidental, dada a maneira com que tal conflito foi instrumentalizado para a manutenção dos poderes envolvidos: o Irã e potências ocidentais; o Irã amparado por uma interpretação do Alcorão e potências ocidentais amparadas no discurso de defesa dos Direitos Humanos. Tendo em vista, pois, a forma em que se deu o caso Rushdie, faz-se necessário considerar as questões que evolvem a construção de uma ofensa ao Islã por um lado, e a conseguinte reconstrução da ofensa ao direito de liberdade, por outro. A ação do governo iraniano de condenar o autor de “Os Versos Satânicos” se justifica nos valores e na concepção de vida própria da religião islâmica, enquanto a reação das potências ocidentais em defesa de Rushdie faz referências à liberdade de expressão garantida pelos Direitos Humanos. Tem-se, dessa forma, um conflito entre os fundamentos ético-morais islâmicos – sobre os quais se constrói a ofensa de Rushdie – e os fundamentos ético-morais dos Direitos Humanos – a partir dos quais tal ofensa é reconstruída por uma forma de compreensão própria da sociedade moderna ocidental. Todavia, o choque que perpassa as relações entre religião e modernidade, assim como a relação entre cultura ocidental e cultura muçulmana exigem ainda ponderações de ordem política. A compreensão... |