Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Viana Júnior, Luís Carlos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151596
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Resumo: |
Na presente pesquisa, partimos da premissa de que ao desenvolver a competência humorística em alunos de língua estrangeira (LE) enriquece-se o trabalho com a competência comunicativa. Assim, nosso objetivo é analisar como esse processo ocorre no ensino de espanhol como língua estrangeira (ELE) a alunos brasileiros. Para tanto, temos como base teórica Raskin (1985), o qual disserta sobre a competência humorística relacionando-a com os escritos de Grice (1975) sobre princípios próprios dos estudos pragmáticos. Ademais, discutimos sobre a competência comunicativa (HYMES, 1971), além dos conhecimentos e habilidades que a constituem, baseando-nos em teorias de autores como Canale e Swain (1980) e Bachman (1990), que aplicaram esses conceitos ao ensino de LE. A partir dessas teorias, observamos que há uma junção de diversos aspectos para que um interlocutor seja eficaz nas situações comunicativas com que se possa deparar. Portanto, no ensino de LE, é necessária uma ação que supere os limites da ênfase na estrutura (competência linguística) e que incorpore ao ensino de LE os princípios da Pragmática, na busca por aproximar o contexto de aprendizagem ao contexto de uso da língua. Com base nesses preceitos, analisamos duas coleções didáticas de espanhol, aprovadas em 2015 no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), para verificar como o humor é apresentado e se essas propostas permitem o desenvolvimento da competência humorística e, consequentemente, da competência comunicativa nos estudantes. Na análise, em um primeiro momento, realizamos um levantamento da presença dos enunciados humorísticos, destacando em quais gêneros textuais e em que estágio da aprendizagem do estudante são mais recorrentes, bem como quais as tipologias de humor, de acordo com a classificação de Raskin (1985), estão presentes. Encontramos uma variedade bastante escassa de gêneros e tipologias, que, em sua maioria, eram vinhetas que traziam o humor étnico. Apesar de observarmos o humor apresentado nas obras didáticas com o viés da repressão, também havia casos em que aparecia como crítica a outros problemas socioculturais. Finalmente, segundo o Guia dos Livros Didáticos 2015, que apresenta os critérios para a seleção das coleções didáticas, os livros devem expor as relações entre as culturas hispanofalantes e a brasileira, o que, conforme constatamos, ocorre nos enunciados humorísticos. No entanto, a falta de enunciados mais específicos das culturas hispanofalantes de forma que o estudante tenha contato com outras esferas culturais é um ponto negativo nos livros analisados. Com isso, concluímos que a competência humorística ainda pode ser melhor adequada e aproveitada nas séries didáticas e observamos ganhos quando é desenvolvida concomitantemente com outras competências, pois promove o desenvolvimento da competência comunicativa como um todo. |