Efeitos da capsaicina na etapa de iniciação da carcinogênese de cólon em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Caetano, Brunno Felipe Ramos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149782
Resumo: A capsaicina (8-Metil-N-vanilil-(trans)-6-nonamida) é um composto alcaloide lipofílico e o principal componente responsável pela pungência em pimentas vermelhas, consumidas mundialmente. Estudos sobre o potencial mutagênico e genotóxico da capsaicina apontam resultados inconsistentes e conflitantes. Neste estudo, avaliamos o potencial genotóxico e os mecanismos moleculares envolvidos nos efeitos anti-proliferativos e pró-apoptóticos da capsaicina na carcinogênese de cólon induzida pela 1,2-dimetilhidrazina (DMH) em ratos. Ratos Wistar machos foram randomicamente alocados em seis grupos (n=16). Durante as quatro primeiras semanas do experimento, os grupos 1 e 6 receberam doses intragástricas de óleo de milho (veículo da capsaicina), enquanto a capsaicina foi administrada nas doses de 5mg/kg aos grupos 2 e 4 e 50 mg/kg aos grupos 3 e 5, três vezes por semana. Durante a terceira e quarta semana, todos os animais receberam quatro injeções subcutâneas de DMH (grupos 1-3, 40mg/kg) ou EDTA (grupos 4-6, veículo do DMH), duas vezes por semana. Os animais foram sacrificados 24 horas (n=6) e 22 semanas (n=10) após o tratamento com DMH. Vinte e quatro horas após o tratamento com a DMH, a administração de capsaicina diminuiu significativamente a genotoxicidade induzida pela DMH em leucócitos do sangue periférico, bem como a genotoxicidade da água fecal em células CaCO-2. A capsaicina também reduziu o índice de proliferação de Ki-67 e aumentou a expressão de caspase-3 ativada no cólon dos animais tratados com DMH. A administração de capsaicina promoveu o aumento da expressão de genes associados as vias de resposta adaptativa a químicos, apoptose, desenvolvimento tecidual e diferenciação celular no cólon. Ao fim da vigésima segunda semana, a capsaicina reduziu o número de focos de criptas aberrantes (FCA) e aumentou o número de tumores pequenos, bem diferenciados e não-invasivos. Estes resultados sugerem que a capsaicina foi capaz de suprimir a proliferação celular e induzir a apoptose através da regulação das vias do NF-κB e do estress do retículo endoplasmático, assim como modular os genes envolvidos no desenvolvimento tecidual e diferenciação celular, reduzindo a formação de lesões pre-neoplásicas.