Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ferrazza, Daniele de Andrade [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/105617
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo elaborar uma crítica da psiquiatrização da existência focalizando, particularmente, as relações entre a racionalidade biológica e as estratégias de ampliação da intervenção psiquiátrica em contingentes populacionais cada vez maiores e nas mais variadas esferas da vida. Inspirada na genealogia foucaultiana, a pesquisa inicia seu exame histórico pelo alienismo pineliano compreendido como o modo disciplinar pelo qual se deu a apropriação inaugural da loucura pela medicina. São, a seguir, analisados os diferentes formatos historicamente apresentados pelo organicismo psiquiátrico desde sua introdução pela teoria da degenerescência moreliana do século XIX até as reformas preventivistas do pós-guerra. Desenvolve-se, então, à luz da análise histórica encetada, um exame do conjunto de fatores envolvidos na atual ênfase psicofarmacológica pela qual a psiquiatria contemporânea vai estender seu reducionismo biológico, agora apoiado na química da neurotransmissão, às mais diversas circunstâncias da existência humana. No percurso da análise são abordados o conluio entre a psiquiatria e a indústria farmacêutica e o correlato papel desempenhado pelas sucessivas edições dos DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) na extraordinária multiplicação das possibilidades diagnósticas pela qual a psiquiatria vem dispondo a sua psicofarmacologia como recurso explicativo e regulador da pluralidade das manifestações da subjetividade contemporânea. Sob essa base, são criticamente problematizadas as perspectivas atuais de uma psiquiatria que, na busca de realizar o sonho de integrar-se à medicina científica que a embala desde o século XIX, teria aceitado a sobredeterminação da identidade de seu domínio de saber e de sua prática clínica por... |