Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Barcellos, Luís Henrique dos Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/296797
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Resumo: |
Neste trabalho investigamos a política para a educação infantil do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e buscamos ver os possíveis subsídios dessa experiência para a elaboração de política pública para a Educação Infantil do e para o campo. Trata-se de resultado da pesquisa de Doutorado em Educação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Unesp, Campus de Marília. O MST é o principal movimento social brasileiro de luta pela terra, por reforma agrária e de resistência ao avanço do agronegócio no campo. Para defender suas bandeiras, elegeu como um dos fatores principais o desenvolvimento de uma educação emancipatória, que congrega trabalho e educação geridos por meio de relações e ações democráticas. O Movimento desenvolveu sua educação com base em seus princípios filosóficos e pedagógicos e em suas matrizes educacionais. Nosso objetivo geral foi verificar e analisar se a política do MST para a educação infantil traz subsídios para a construção de uma política pública para a Educação Infantil do Campo. Adotamos como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica, documental e empírica. Procedemos com o levantamento e a análise da produção bibliográfica de pesquisadores sobre as temáticas envolvidas. A pesquisa documental abrangeu o arcabouço legal sobre Educação Infantil, infância e Educação Infantil do Campo no Brasil, bem como uma seleção de documentos produzidos pelo MST. A pesquisa empírica teve como finalidade a verificação de práticas de educação infantil realizadas pelo MST e foi realizada na Escola Camponesa Municipal Chico Mendes na cidade de Querência do Norte, no estado do Paraná, tendo como instrumento de coleta de dados a observação e a realização de entrevistas. Considerando a necessidade de estudos sobre a temática e de subsídios para a construção de uma proposta adequada para a Educação Infantil do Campo, e considerando que o MST tem uma prática de educação infantil no/do campo para as crianças do Movimento, buscamos responder como se configuram a política e o projeto do MST para a educação infantil e compreender se a proposta teórico-prática do MST pode trazer subsídios para a elaboração de uma política pública para a educação infantil do campo. Buscamos evidenciar que a construção de uma política nacional para a Educação Infantil do Campo deveria considerar a experiência do MST, incluindo o conceito de criança e de educação desenvolvidos por esse Movimento. Nesse sentido, buscamos evidenciar que, a partir das especificidades das práticas do MST, é possível observar o desenvolvimento de propostas de educação infantil comprometidas com o modo de vida dos sujeitos do campo, e, mais especificamente, daqueles vinculados ao Movimento. As práticas, como a Ciranda Infantil e as escolas públicas de Educação Infantil vinculadas ao Movimento, como a Escola Camponesa Municipal Chico Mendes, demonstram essas especificidades. Destacadas suas práticas, organização, concepções e princípios que envolvem essa visão educativa, buscamos ressaltar alguns possíveis subsídios para a construção de uma Política Nacional de Educação Infantil do Campo. Em outras palavras, propomos uma abordagem que contemple as particularidades da Educação Infantil, considerando os sujeitos envolvidos — as crianças — em seu momento de vida — a infância. Essa proposta deve ser comprometida com a criança e respeitar as diferentes formas de vida do campo. |