Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Gislene Munhoz dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237477
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Resumo: |
A instituição escolar deve garantir a formação do aluno de forma integral, incluindo o desenvolvimento da competência digital, possibilitando sua atuação na sociedade digital de forma crítica e criativa, conforme também é postulado no documento oficial Base Nacional Comum Curricular. Faz-se necessário averiguar qual o domínio dos professores sobre o tema. A presente pesquisa tem como objetivo avaliar a competência digital dos educadores da Educação Básica nas etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental - Anos Iniciais do Sistema Municipal de Ensino de Marília/SP, utilizando-se a versão adaptada do instrumento DigCompEdu Check-In (LUCAS; MOREIRA, 2018) para o contexto brasileiro. O Instrumento foi distribuído por e-mail a todos os 1.414 professores da rede municipal de ensino, por meio da plataforma Limesurvey. Os resultados foram tabulados, organizados em tabelas e submetidos a tratamento estatístico. Houve um retorno de 1.348 questionários (95%), sendo que 94,5% (1274) eram do sexo feminino e 5,5% (74), do sexo masculino. A idade média dos participantes foi de, aproximadamente, 42 anos. Com base nos resultados, identificou-se uma heterogeneidade nos níveis de proficiência dos educadores participantes da pesquisa em relação à competência digital, visto que a pontuação obtida no conjunto de respostas foi bastante diversa. Contudo, observa-se maior incidência nos níveis intermediários, mais especificamente nos níveis Explorador e Integrador, indicando uma utilização básica das tecnologias digitais na prática docente, demonstrando lacunas referentes à compreensão sobre a funcionalidade e gerenciamento de estratégias vinculadas a finalidades pedagógicas. Evidenciaram-se pontos de fragilidades em relação à análise e seleção de informação; avaliação crítica vinculada à credibilidade e confiabilidade da informação; criação de conteúdo digital e uso criativo de tecnologias digitais para resolução de problemas. Ressalta-se que quase 50% dos educadores mencionaram não realizar práticas de ensino sobre proteção de dados relacionada à privacidade e segurança dos alunos e ao ensino do uso da tecnologia digital, de forma segura e responsável. Considera-se que é função social da escola promover aprendizagens essenciais, a fim de evitar situações de risco à integridade física e/ou emocional dos alunos. A pesquisa também constatou algumas barreiras contextuais: baixa qualidade de internet nas escolas, falta de acesso à internet pelos alunos em seus domicílios, pouco investimento de recursos digitais nas salas de aulas, entre outros. Destaca-se, ainda, que o instrumento utilizado na coleta de dados disponibiliza um feedback com recomendações para que o educador possa refletir e avançar em relação ao seu nível de competência digital. Diante destas constatações e da demanda da sociedade atual, conclui-se que é imprescindível o investimento do poder público em ações voltadas à formação dos educadores para que possam desenvolver sua competência digital em prol de empoderar os alunos a exercer a cidadania de forma autônoma, ética e inovadora perante os avanços da era digital, visando à promoção do ensino de qualidade. |