Avaliação ecocardiografica de cadelas anestesiadas sob efeito de dexmedetomidina e morfina pela via epidural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ribeiro, Yan Seixas [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257171
Resumo: A anestesia balanceada é caracterizada pela associação de múltiplos fármacos com a finalidade de gerar inconsciência, relaxamento muscular e analgesia, proporcionando redução das taxas empregadas e consequentemente dos seus efeitos adversos. Com o estudo objetivou-se comparar os efeitos da administração de dexmedetomidina em relação à morfina, pela via epidural, sobre parâmetros ecocardiográficos do ventrículo esquerdo e direito em cadelas saudáveis anestesiados com isofluorano. Vinte cães sem predileção de raça, com idade de 2 ± 0,9 anos, com peso 12 ± 5 kg, comprovadamente hígidas e com classificação ASA I foram distribuídos, de forma aleatória, em dois grupos experimentais: grupo morfina (GM, n = 10) e grupo dexmedetomidina (GD, n = 10). Em ambos os grupos os parâmetros ecocardiográficos foram obtidos com o animal acordado (Mb) em seguida as cadelas foram submetidas a medicação pré-anestésica com acepromazina (0,03 mg/kg, IM) e uma nova avaliação foi feita após 15 minutos (Ma). Foi realizada indução com propofol (dose-efeito, IV) e mantidas em plano anestésico com isofluorano. Após 15 minutos da indução e imediatamente antes da epidural (Mi), foram coletados os dados referentes às variáveis ecocardiográficas e hemodinâmicas de interesse. Em seguida foi realizada a administração epidural com a solução de acordo com o grupo selecionado: dexmedetomidina (4 μg/kg) ou morfina (0,1 mg/kg), todos diluídos para um volume total de 0,22 mL/kg. Imediatamente após o fim da epidural parâmetros referentes a janela paraesternal direita foram coletados (Me). Após 10 minutos da administração da epidural, em ambos os grupos, foram coletadas as variáveis de interesse (Me10). Em seguida as cadelas foram encaminhadas para a cirurgia de ovário-histerectomia. As variáveis ecocardiográficas analisadas não demonstraram diferença entre os grupos. Porem foi possível observar que, no GD, a FC e o ICD foram menores após a epidural quando comparado ao Mb. A FEJ foi significativamente reduzida no Me10 comparada ao Mi e a Relação E/A, Relação E’/A’ e TRIV foram maiores no Me10. Essas diferenças estatísticas não foram observadas no GM, o que demonstra a maior estabilidade do fármaco. A PAD e PAM foram estatisticamente maiores no Me10 do GD. Além desses achados observou-se que a quantidade e persistência de alterações eletrocardiográficas de BAV 2° grau e de parada sinusal foram maiores no grupo que recebeu dexmedetomidina. Os resultados permitem concluir que a administração da dexmedetomidina pela via epidural proporciona menor estabilidade cardiovascular do que a morfina, além de promover alterações eletrocardiográficas clinicamente relevantes.