Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Giselle Xavier d'Avila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255368
|
Resumo: |
Esta pesquisa propõe compreender as dinâmicas identitárias quando mediadas pela religião e pela poética do heavy metal extremo no contexto da cultura midiatizada. As bandas de metal extremo caracterizam-se pela sonoridade mais pesada e poética visual mais agressiva do gênero. Essa vertente aborda temas mais obscuros e violentos do metal, como a morte, o satanismo e o anticristianismo. Ao ser praticado por cristão, aciona-se experiências estéticas permeadas por ambiguidades e conflitos, seja em seu próprio conteúdo, seja nas interações sociais a sua volta. A pesquisa se dedica a bandas cristãs de metal extremo localizadas em Rio Branco (Acre). São elas: Survive, Zebulom e Mártires. São bandas formadas por integrantes vinculados a comunidades religiosas de vertente evangélica pós-denominacional. Pergunta-se: como essas bandas acreanas incorporam as convenções globais do metal ao mesmo tempo em que vivenciam a fé cristã? A pesquisa se sustenta a partir de três pilares: 1) A cultura heavy metal “geral e global”; 2) A perspectiva local e a identidade territorial; 3) O contexto religioso cristão. O arcabouço teórico foi construído a partir de autores como Stuart Hall, Muniz Sodré, José Luiz Braga, Lucas Martins Gama Khalil, entre outros, para compreensão das expressões das identidades culturais marcadas a partir da identificação do diferente, juntamente às noções de cenas de dissenso, de Ângela Cristina Marques e Jacques Rancière, no contexto da midiatização. A partir de entrevistas realizadas com integrantes das bandas, construiu-se uma proposta de “hidrografia do metal extremo cristão acreano”, inspirada nos mapas de mediações culturais de Jesús Martín-Barbero. Evidencia-se que artistas cristãos encontram na proposta aguerrida e de protesto peculiares desse tipo de heavy metal, um ambiente propício para expressar sua experiência religiosa. Nisso, as cenas de dissenso se mostram essenciais para as dinâmicas identitárias e os processos de reconhecimento e experiência estética dos participantes que compõem o movimento. |