Investigação do perfil de expressão gênica de receptores tipo toll e citocinas inflamatórias no encéfalo e no baço de cães com leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Grano, Fernanda Grecco [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151332
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença parasitária que apresenta distribuição mundial e que pode afetar homens e animais, sendo que o cão é considerado o principal hospedeiro da doença. Cães infectados pelo parasito Leishmania podem apresentar-se assintomáticos ou com desordens generalizadas, incluindo alterações neurológicas. Existem alguns relatos do acometimento do encéfalo durante a infecção, mas a neuropatogenia da doença não foi completamente elucidada. Há evidências do comprometimento das barreiras encefálicas e da presença do DNA do parasito no encéfalo. Os receptores tipo Toll (TLRs) são sensores do sistema imune inato capazes de detectar padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs), desencadeando uma resposta inflamatórias com produção de diversos mediadores inflamatórios, incluindo citocinas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o perfil de expressão gênica dos Tolls 1-10, assim como a produção de citocinas pró-inflamatórias TNF-α, IFN-γ, IL-1β e IL-6 no encéfalo e no baço de cães com leishmaniose visceral. No baço houve aumento de expressão gênica de TLR-5 e TLR-9, enquanto no encéfalo houve aumento de TLR-4 em uma pequena população de cães infectados. Em relação às citocinas, todas as citocinas foram detectadas nos dois tecidos avaliados, com excessão de IL-6. Nos cães infectados, TNF-α e IL-1β estavam presentes em maiores concentrações no encéfalo e no baço, respectivamente. Este estudo fornece suporte para explicar o envolvimento de TLRs na LV e nossos dados confirmam o envolvimento encefálico durante a doença.